DISPUTA

“A chapa de deputado estadual não cairá”, diz Major Vitor Hugo sobre PL em Goiás

Disputa interna do PL culminou com a saída de Magda Mofatto e Flávio Canedo, que criticaram diretamente o ex-deputado federal

O ex-deputado federal e ex-candidato a governador de Goiás, Major Vitor Hugo (PL), rebateu críticas feitas pela deputada federal Magda Mofatto (PL) e Flávio Canedo (PL), que estão de saída do partido. Ele diz que enquanto esteve como presidente do PL, em 2022, conquistou mais de 2 milhões de votos.

“Minha gestão, de poucos meses, fez um senador, quatro deputados federais, três deputados estaduais e um candidato ao governo com mais de meio milhão de votos”, diz.

Magda Mofatto e Flávio Canedo conseguiram autorização para deixar o partido. Eles criticam Major Vitor Hugo por fazer “uma gestão terrível” à frente do PL e que os erros cometidos podem custar a chapa de deputado estadual eleita (já que corre na justiça eleitoral processo que contesta a chapa por não ter cumprido a cota para candidatas mulheres).

Major Vitor Hugo, por outro lado, diz que o PL não podia receber recursos desde 2016, por não prestação de contas. Além disso, saiu de 140 mil votos, de deputados federais e estaduais somados, para 2,1 milhões de votos em 2022. Além das contas liberadas.

“A avaliação da gestão tem que ser feita objetivamente, não com bravatas”, rebate Vitor Hugo.

Além disso, garante que o partido cumpriu com as exigências da Justiça Eleitoral quanto às candidaturas femininas.

“A chapa de estadual do PL não cairá. Seguimos todos os ditames da Lei, inclusive retirando candidatos homens da chapa por decisão da executiva estadual que veio a ser revogada por ordem judicial. A Justiça Eleitoral determinou a volta dos candidatos homens retirados por nós da chapa no intuito de adaptar ao número de candidatas, depois da renúncia de algumas”, explica ao Mais Goiás.

No ano passado, o então deputado federal Major Vitor Hugo assumiu a legenda com a articulação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro. O partido, então, estava sob o comando de Flávio Canedo, marido de Magda, e dividia com ela a presidência há cerca de 10 anos. À época, eles manifestaram insatisfação pelas redes sociais e alegaram surpresa pela troca.