Intervir na eleição

A pedido de Bolsonaro, Delegado Waldir desiste da Presidência da Câmara

O deputado federal por Goiás, delegado Waldir (PSL), desistiu de disputar a Presidência da Câmara…

O deputado federal por Goiás, delegado Waldir (PSL), desistiu de disputar a Presidência da Câmara Federal. Segundo ele, a decisão atende a um pedido pessoal do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Anteriormente, Bolsonaro disse que não iria intervir na nas eleições da Casa mas demonstra que voltou atrás na ideia.

O nome goiano que permanece na disputa é de João Campos (PRB). Há pouco mais de um mês, delegado Waldir lançou a pré-candidatura à Presidência. Questionado se teria se frustrado por retirar o nome da disputa, ele nega: “eu acho que eu não sou maior que o PSL e a governabilidade, nem o presidente da República. Atendendo ao pedido pessoal do presidente, eu abdiquei desse direito”.

Agora, o goiano assume a liderança da bancada do Partido Social Liberal da Câmara de Deputados até fevereiro de 2019. Ele entra no lugar do filho do presidente eleito, Eduardo Bolsonaro.

Intervir ou não?

Na segunda-feira (17), o presidente do PSL, Luciano Bivar, teria dito que o partido “não tem a vaidade” de concorrer ao cargo na Câmara e que aceitaria dar apoio a um nome de outro partido. A informação é do jornal O Valor.

Nesta semana, veio a público um embate entre os deputados Major Olímpio, a eleita Joice Hasselmann, e o filho de Bolsonaro em um grupo de whatsapp. Joice também pretendia disputar a eleição. Ela teria dito que a articulação do PSL estava “abaixo da linha da miséria”.

Foi quando Eduardo entrou na discussão e acabou expondo mais ainda os interesses do presidente eleito de intervir na eleição da Câmara Federal. Ele teria dito que o pai pediu para o PSL agir nos bastidores e não irritar o atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Questionado se os embates entre membros do PSL levariam a um possível enfraquecimento ou desorganização do partido, delegado Waldir também nega. Ele disse que existem, na verdade, debates. “O PSL é uma família com 52 filhos. Com certeza, nem todos pensam igual. São pessoas que discutem, debatem, ficam nervosas”, justifica.

Depois da discussão vir a público, a deputada paulista postou uma foto em que faz um coraçãozinho com as mãos junto com Eduardo. Segundo o O Globo, nos bastidores o gesto dela é visto como uma tentativa de se reintegrar ao grupo, afinal, ela teria sido colocada em uma espécie de isolamento depois das conversas no whatsapp.