A sustentável leveza do líder
Clima de "já ganhou" toma conta de apoiadores de Íris Rezende. Líder desde que desrenunciou, ele está parando de crescer.
Nos últimos dias, os coordenadores da campanha de Íris Rezende começaram a acenar para a vitória no primeiro turno. O candidato está acreditando nisso. Todos em volta acreditam nisso. Mas é mais um passo do marketing político.
A mais recente rodada da pesquisa Serpes é particularmente intrigante para Íris. Ele apenas oscilou para cima. Como aconteceu, por exemplo, com Adriana Accorsi. Por outro lado, o líder continua sendo o mais rejeitado, ainda que seja preferido disparado tanto na espontânea como na estimulada.
Até agora, Íris se fez candidato. E dos bons. A sua situação é semelhante a um time de futebol que vence por 2 a 0, placar considerado perigoso pelos comentaristas esportivos. Na verdade, é perigoso para quem está perdendo. Mas existe uma nuvem.
O excesso de otimismo precisa ser contido. A negativa de ir aos debates é ruim. Pior para quem, há dois anos, reclamava contra comportamento semelhantes do governador Marconi Perillo. Agora, nem mesmo encontros maiores, como a sabatina da Rádio Bandeirantes 820 AM e do portal Mais Goiás merecem a presença do líder, para seus coordenadores.
Pior foi a notícia publicada pelo Pop neste domingo. Os candidatos a vereador que apoiam Íris querem santinho e gasolina para fazer campanha. A resposta: escrevam o número a mão em um papel para o eleitor. Andem a pé, ou de ônibus, mas peçam a voto. Certeza de que apenas Íris é importante nesta campanha, o que é um erro.
Por outro lado, o crescimento mais consistente de Vanderlan Cardoso inidica o candidato a ser batido no segundo turno. Este, no fundo, deve ser o foco. Íris precisa tomar cuidado agora para não se desgastar. Parece que está próximo do teto e com um candidato estruturado a caminho do segundo do turno. Essa é a realidade a ser assumida. Ou não.