Incentivos fiscais

Acieg rebate Alego e garante que empresas cumprem contrapartidas do incentivo fiscal

De acordo com associação, caso as exigências não estivessem sendo cumpridas, os benefícios seriam automaticamente cortados pelo governo

Auxílio Brasil de R$ 400 deve começar a ser pago em dezembro a 17 milhões de famílias, diz ministro - (Foto: Agência Brasil)

Após levantamentos iniciais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) apontar que empresas não estariam cumprindo contrapartida após recebimento de incentivos do Estado, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) rebate. De acordo com a associação, caso as exigências não estivessem sendo cumpridas, os benefícios seriam automaticamente cortados pelo Governo Estadual.

A entidade afirma que todos os contratos de incentivo fiscal passam anualmente por minuciosa auditoria de técnicos fazendários e jurídicos estaduais. Antes de receber incentivos, a empresa beneficiada e o Estado precisam assinar um Termo de Acordo de Regime Especial (Tare), que estabelece obrigações por parte do grupo que recebe o benefício. Uma das contrapartidas, por exemplo, é a geração de emprego. A CPI da Alego, mostra, no entanto, que o acordo não foi cumprido. Segundo a comissão, estima-se que cada vaga de emprego criada por empresas que receberam incentivos governamentais nos últimos cinco anos tenha custado aproximadamente R$ 7,5 mil.

“A lógica do incentivo fiscal é simples e os ganhos para o Estado são irrefutáveis. Com ele, o governo começou a receber parte de um ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que nunca receberia, além dos milhares de empregos gerados”, afirma Luciano Ribeiro, presidente de uma empresa goiana.

O empresário afirma que a empresa dele comprometeu a investir R$ 80 milhões em Goiás com o recebimento de créditos outorgados em 2012. E que comprovou ter realizado R$ 132 milhões em investimentos. “No ano passado se comprometeu com mais R$ 270 milhões. Goiás é um estado que atrai empresas e não que afugenta empresas”, avalia.

Já Armando Luiz Ferreira, diretor de outro grupo, afirma que na empresa há uma meta anual de recolhimento de ICMS, além de investimentos e geração de empregos em Goiás, para receber os benefícios fiscais. “O total de benefício fiscal de direito pela empresa soma R$ 2,6 bilhões, mas já investimos no Estado quase R$ 2 bilhões, que geraram milhares de novos empregos”, diz. “Sem falar nas oportunidades para centenas de terceirizados e fornecedores”, reitera.

André Rocha, presidente-executivo dos sindicatos que representam os produtores de etanol e açúcar em Goiás (Sifaeg e Sifaçúcar), acrescenta que que o setor investiu mais de R$ 20 bilhões em Goiás. Segundo ele, só no ano passado as duas empresas foram responsáveis por 5% da arrecadação total de ICMS. “As empresas exercem no estado um papel estratégico no avanço da produção industrial, com significativo peso na interiorização do desenvolvimento, com a absorção de mão de obra, arrecadação de tributos, entre outros”, finaliza.