AGM critica Comitê de Enfrentamento à Covid por não incluir municípios
“É inadmissível que sejamos excluídos dessa discussão”, reclama o presidente da Associação, Paulinho Rezende
Para a Associação Goiana dos Municípios (AGM), falta representantes das cidades, por meio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), no Comitê de Enfrentamento à Covid. Este grupo, destaca-se, foi criado nesta semana durante reunião com governadores – com a participação de Ronaldo Caiado (DEM) –, o Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da saúde Marcelo Queiroga.
“Todo mundo sabe que a população mora é no município. É lá que estão concentrados os problemas. Sabe também da pressão que os prefeitos estão sofrendo para que seja acelerado o processo de vacinação. Muitos municípios tentaram, e não conseguiram, a aquisição de vacinas. É inadmissível que sejamos excluídos dessa discussão”, criticou o presidente da AGM, Paulo Sérgio de Rezende, o Paulinho.
Vale destacar, ignorar os municípios fez a CNM enviar um ofício aos presidentes da República, do Senado (Rodrigo Pacheco) e da Câmara (Arthur Lira). No conteúdo, a reivindicação da participação. “O processo de união para o combate à Covid-19 não pode prescindir da participação de todos os Entes federados”, diz trecho da carta.
Comitê
Vale lembrar que Caiado e outros seis governadores, além de representes dos três Poderes e o presidente Bolsonaro (sem partido), se reuniram na manhã de quarta (24), na qual se decidiu pela criação de uma comissão para instituir diretrizes a serem tomadas para combate à pandemia de Covid-19 no Brasil.
No encontro ficou definida ainda uma mudança de direcionamento do campo diplomático brasileiro, com vistas a adquirir insumos e vacinas no estrangeiro. Em entrevista à rádio Sagres, no mesmo dia, o governador garantiu que todos os presentes convergiram para a tese de aquisição de vacinas. “Algo que foi cobrado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AC) ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por meio de parcerias com Estados Unidos, China e Índia”, citou.
Questionado se a atual postura do presidente (pró-vacina) seria uma trégua – Bolsonaro, entre outras coisas, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir governadores de implantar lockdown -, Caiado acredita que sim. Segundo ele, existem medidas que não são simpáticas, mas que precisam ser tomadas com base na ciência.
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