Sem prazo de validade

Alego aprova auxílio-alimentação definitivo para servidores da Educação

Benefício surgiu para a categoria em 2017, quando deputados aprovaram a medida, mas interpuseram cláusula para exigir que a aplicação fosse rediscutida a cada ano. Sintego celebra, mas protesta por aposentados

Servidores ativos da Educação estadual conquistaram, com a aprovação do Projeto de Lei (PL) 251/19, na terça-feira (26), direito definitivo ao auxílio-alimentação. O benefício mensal, cujo valor é de R$ 500, será aplicado nos contracheques a partir da folha salarial de março, porém, retroativamente ao mês de fevereiro. A expectativa é de que o dispositivo, enviado à Assembleia Legislativa (Alego) pelo próprio Executivo, seja sancionado até esta quinta-feira (28).

A categoria considera essa uma vitória, já que diálogos para garantir que este seria o desfecho da história em relação ao benefício tiveram início, com a equipe do governador Ronaldo Caiado, antes mesmo que este tomasse posse na liderança do Executivo. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, entretanto, “a luta não é novidade”.

Isso porque os trabalhadores tiveram acesso ao auxílio pela primeira vez em 2017, quando o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) atendeu reivindicações da categoria feitas durante uma greve em abril. “Concederam o auxílio, mas na votação incluíram a exigência de que ele fosse renovado a cada ano”, explica Bia. Ao perceber o pouco dinheiro herdado da administração tucana, Caiado anunciou, em janeiro, o fim do benefício.

“Mas já estávamos em tratativas para que o benefício retornasse de forma definitiva. Tivemos o compromisso de que Caiado encaminharia o projeto à Assembleia e tudo deu certo”, celebra. O auxílio contempla servidores ativos da Educação, entre professores, diretores e administrativos. “A pressa era para que fosse votado logo e incluído na folha de fevereiro. Não deu, mas vamos receber a partir de março, inclusive, retroativamente a fevereiro. Agora não tem mais prazo de validade, conseguimos pôr um fim nessa história”.

Aposentados

Enquanto uma fatia da categoria comemora a nova conquista e outra parte foi contemplada com o pagamento de salário de dezembro, em atraso, os inativos tem ficado em segundo plano nas resoluções do novo governo, segundo Bia. “Esse pessoal está passando um perrengue terrível precisam de dinheiro, mas não recebem. Folhas de dezembro e 13° de quem faz aniversário naquele mês ainda não foram pagos e também não há perspectiva”.

Secretaria da Fazenda (Sefaz) (Foto: reprodução/Google Street View)

Por isso, às 15h desta quarta-feira (27), o Sindicato conduzirá um ato na porta da Secretaria de Estado da Economia, antiga Secretaria da Fazenda (Sefaz). “Estão ventilando o pagamento de quem atua em escolas de tempo integral, mas precisamos pagar todo mundo. Esses recursos têm que ser aprovados para quitação da folha de dezembro. Como nenhum aposentado recebeu os atrasados até o momento, a manifestação é por eles especificamente”.

Até o momento, receberam o salário atrasado os profissionais ativos da Educação com vencimentos de até R$ 3,6 mil líquido. “Os demais e os aposentados ainda estão sem o salário de dezembro que inclui o Bônus Reconhecer e, no caso dos contratos, o 13° salário”, expõe.

O Mais Goiás aguarda manifestação da Secretaria de Estado da Economia.