Alexandre Baldy pede mais 30 dias de licença da secretaria em São Paulo
Ex-ministro das Cidades é investigado pelo Ministério Público Federal por supostos desvios na Saúde
O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo Alexandre Baldy solicitou mais 30 dias de licença do cargo ao governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que concedeu o prazo. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado federal por Goiás é investigado pelo Ministério Público Federal por supostos desvios na Saúde entre 2010 e 2018.
Baldy está afastado do cargo desde o dia 6 de agosto após ser preso pela Operação Dardanários, desdobramento da Operação Lava Jato. O progressista é acusado de ter cometido fraudes em contratos da área de saúde nos períodos em que foi deputado federal e ministro das cidades no governo Michel Temer.
A Organização Social (OS) Pró-saúde é suspeita de pagar R$ 500 mil a Baldy para sua campanha, em 2014. Além disso, ela teria recebido R$ 223,5 milhões do governo de Goiás de 2010 a 2017 para a gestão do Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hurso).
Três colaboradores da Pró-Saúde fizeram uma delação e disseram que, naquele ano, quando tentavam receber os pagamentos atrasados, foram apresentados a Baldy, à época do mesmo grupo do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Em março de 2014, conforme apurou o MPF, as parcelas estavam atrasadas, mas, a partir de junho se normalizaram.
Após denúncia do Ministério Pública Federal (MPF) por corrupção e organização criminosa, a assessoria do ex-deputado federal por Goiás e presidente do Progressistas, Alexandre Baldy, afirmou, por nota, que secretário licenciado de Transportes Metropolitanos de São Paulo é um empresário e industrial com todo o seu patrimônio declarado. “Vida pautada pelo trabalho, correção e retidão.”
Paulo Galli, que ocupava o posto de secretário-executivo da secretaria segue de forma interina no cargo de Baldy na gestão do governo de João Doria.