Alexandre de Moraes libera perfis de Major Vitor Hugo e Gustavo Gayer no Twitter
Ambos de Goiás, fazem parte da leva de pessoas bloqueadas após questionarem o resultado da eleição para presidente da República.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, liberou os perfis no Twitter do deputado federal Major Vitor Hugo (PL) e do deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL). Ambos de Goiás, fazem parte do grupo de pessoas bloqueadas após questionarem o resultado da eleição para presidente da República.
Moraes analisou um pedido apresentado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que solicitou “a reconsideração das decisões que determinaram a suspensão de perfis de Deputados Federais nas redes sociais, dada a relevância dessa forma de comunicação para o exercício pleno das atribuições do mandato parlamentar”.
No entanto, o presidente do TSE manteve a suspensão de algumas publicações sobre o pleito de 2022. Além disso, fixou multa de R$ 20 mil, se houver “reiteração de divulgação dos conteúdos indicados ou de publicação de outras mensagens atentatórias à Justiça Eleitoral e ao Estado Democrático de Direito”.
A decisão também libera os perfis de Marcel Van Hattem e dos deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG), Coronel Tadeu (PL-SP), José Antonio dos Santos Medeiros (PL-MS) e Cabo Gilberto (PL-PB).
Vitor Hugo e Gayer tiveram as contas retidas no Twitter no início de novembro. Na ocasião, a rede social informou que a medida fazia parte de uma ordem judicial. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilharam uma live feita por um argentino, amigo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), com acusações contra o sistema eleitoral brasileiro.
“Liberdade de expressão”
Entre as postagens feitas após a liberação, Vitor Hugo, que foi candidato a governador de Goiás, republicou mensagem de Elon Musk, atual CEO do Twitter, que permitiu o retorno de ativistas de extrema-direita à plataforma, em nome da defesa da “liberdade de expressão”.
No entanto, reportagem do The Intercept mostra que houve suspensão, por parte do Twitter, de contas de ativistas de esquerda, como de Chad Loder, um pesquisador antifascista, da Elm Fork John Brown Gun Club, um grupo antifascista que fornece segurança armada para eventos LGBTQ+ no Norte do Texas, e o CrimethInc, um coletivo anarquista que publica e distribui zines, livros, pôsteres e produz podcasts anarquistas e antiautoritários.
As contas foram criticadas por um autor de extrema-direita, chamado Andy Ngo, que publica reportagens conspiratórias e cheias de desinformações.