Aliados dizem que Rogério “tirou peso das costas” ao trocar sigla para reeleição em Goiânia

Aliados do prefeito Rogério Cruz destacam que o chefe do executivo municipal tomou a atitude correta – embora, arriscada – ao trocar o Republicanos pelo Solidariedade, no sábado (6), último dia para que os pré-candidatos nas eleições em 2024, mudasse as legendas para a disputa. “Ele está mais leve, se livrou do peso que o antigo partido colocava sobre ele”, destacou uma fonte próxima ao político. 

“Muitos dos desgastes que ele sofreu ao longo dos últimos três anos foram provocados justamente pelo Republicanos. Rogério sempre foi fiel ao partido e agora eles devolvem com essa sacanagem. Um verdadeiro golpe”, destacou um aliado ao portal. “Ainda estavam fazendo essa pressão sobre ele ser ou não candidato. No Solidariedade, ele terá segurança para pensar apenas na gestão até que as convenções o consolidem como candidato”, pontuou.

“Ele tirou um peso das costas. Já não aguentava mais o Republicanos atrapalhando sua administração”, destacou um aliado que despacha diretamente junto ao prefeito de Goiânia. “Todo dia era um pedido diferente. Uma sede por cargos que não passava nunca. Era sempre uma pressão que promovia desgastes”, salienta.

Para esse aliado, é questão de tempo para seu antigo partido se afastar da prefeitura. “Rogério vai esperar e saber o momento certo de fazer as devidas mudanças, mas certamente ele colocará o Republicanos no lugar que o Republicanos colocou ele. Ele fará o mesmo movimento e é mais do que justo”, pontuou.

A troca do Republicanos pelo Solidariedade foi feita aos “48 do segundo tempo”. Na última quinta-feira (28), ele foi comunicado pela alta cúpula do antigo partido que sua pré-candidatura era inviável. A princípio, a direção da legenda queria que Rogério continuasse no partido e sustentasse o apoio ao candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

O Mais Goiás apurou que o Republicanos encaminha o apoio ao presidente da Federação da Indústria de Goiás, Sandro Mabel (União Brasil). Rogério sustentou que a sua reeleição é viável e decidiu pensar em um plano B. O convite para filiação ao Solidariedade já existia há, pelo menos, um ano. Denes Pereira, secretário de Infraestrutura, é o presidente do partido em Goiás e já havia aberto as portas.

Rogério Cruz tinha, além do Solidariedade, o PDT, PP, DC, Avante e até o PRD na roda de diálogo para filiação. O escolhido, no entanto, foi o que mais apresentou segurança para o seu projeto. Denes ofereceu a estrutura da legenda para que o prefeito executasse sua reeleição ao paço municipal.