OPERAÇÃO DOSE DUPLA

André Fortaleza promete ser duro com eventuais irregularidades envolvendo servidores da Câmara

Presidente da Câmara dos Vereadores promete ser duro se identificar servidores envolvidos na Operação Dose Dupla

André Fortaleza, presidente da Câmara dos Vereadores de Aparecida de Goiânia (Foto: Divulgação/Câmara dos Vereadores)

O presidente da Câmara dos Vereadores de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza (MDB), prometeu ao Mais Goiás que será duro diante de irregularidades administrativas que possam envolver servidores do legislativo aparecidense. A declaração ocorre no mesmo dia em que a Operação “Dose Dupla” foi deflagrada e que investiga irregularidades na licitação e na execução da obra da nova sede da Casa de Leis do município.

De acordo com o delegado Alexandre Otaviano que conduziu a operação, foram realizados 15 mandados de busca e apreensão, em desfavor de servidores e ex-servidores municipais de Aparecida. De acordo com apuração feita pelo Mais Goiás estavam o ex-procurador-geral da Câmara entre 2017 e 2018, Davi Mendanha Loureiro e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. As investigações miravam a gestão de Vilmar Mariano, hoje prefeito do município frente ao legislativo.

Uma pessoa que hoje ocupa cargo de direção na Câmara dos Vereadores de Aparecida também foi envolvida na operação, mas de acordo com Fortaleza, tudo não passou de um engano. “Esse servidor ocupa o cargo desde 2021 e ele mesmo decidiu ir a delegacia para prestar os esclarecimentos. A operação investiga irregularidades anteriores a 2018. Foi um equívoco já solucionado”, explicou André Fortaleza ao Mais Goiás.

Em exclusividade ao Mais Goiás, Fortaleza destacou que já fez um monitoramento e nenhum atual servidor está envolvido com a investigação, mas se os desdobramentos mostrarem, o chefe do legislativo promete ser duro. “Até o momento não identificamos nenhum dos servidores atuais, mas se identificarmos tomaremos providências imediatas. Qualquer indicativo de fraude, tomarei providências imediatas”, destacou.

Fortaleza também destacou que já havia feito denúncias com relação a irregularidades em relação ao contrato. “Eu já havia alertado várias vezes em plenário. Eu mesmo fiz o distrato com a construtora e tive a oportunidade de regularizar tudo”, pontuou. No começo deste ano, o presidente da Câmara anunciou a retomada de obras de construção da nova sede.

Ele também lamentou o fato do ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB) ser um dos 15 que sofreram busca e apreensão. “Eu respeito a Justiça. Acredito que a decisão judicial deva ser cumprida, mas me causa estranheza a busca e apreensão na casa do Mendanha. A operação se remete a 2018. Não entendi o porque o prefeito Vilmar Mariano, que era presidente à época, não foi citado.”

Procurada, a assessoria do prefeito Vilmar Mariano destacou que o fato não tinha relação com a atual gestão. “Em relação a busca e apreensão realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, 19, a Prefeitura de Aparecida esclarece que o fato investigado não tem relação com a gestão do Poder Executivo municipal”, limitou-se a enviar por meio de nota.