Ao Mais Goiás, Caiado diz que prioridade é fazer presídios, e não colocar câmeras em fardas
O governador e candidato à reeleição Ronaldo Caiado (UB) participou, nesta quinta-feira (31), de sabatina…
O governador e candidato à reeleição Ronaldo Caiado (UB) participou, nesta quinta-feira (31), de sabatina promovida pelo Mais Goiás e afirmou que instalar câmeras em fardas policiais, com o objetivo de reduzir a letalidade em abordagens das forças de segurança, não será a prioridade em seu eventual segundo governo, na área da segurança pública. Caiado diz que os investimentos devem se concentrar, sobretudo, na construção de novos presídios e no videomonitoramento desses prédios.
“Já está previsto o meu orçamento a construção de novos presídios em Goiás. Eu preciso dar prioridade ao combate à criminalidade. Goiás era a Disneylândia dos bandidos e eu, em primeiro lugar, tenho cuidar deles. Se eu não cuidar dos bandidos, vão continuar do jeito em que estavam. Preciso fazer mais presídios e instalar câmeras dentro dos presídios”, disse o governador.
Caiado afirmou também que os índices de Segurança Pública melhoraram no seu governo, embora o quantitativo não tenha aumentado e o armamento seja praticamente o mesmo, porque “deixa a polícia trabalhar”. “Eu não inibo eles”.
“Você sabe quanto ganhava um policial da chamada terceira class R$ 1,5 mil. Eu acabei com isso. Não tem esse negócio de terceira classe mais na Segurança Pública. O que recebe menos hoje recebe mais de R$ 7 mil. Eu aumentei 20% a 40% no valor da hora do plantão. Fizemos o maior número de promoções em toda carreira da nossa polícia. E mais: aquele praça, sub-tenente, por ato de bravura já sobe para oficial. Em resumo, demos dignidade para eles. Fica a interrogação: por que a polícia hoje é eficiente, com o mesmo armamento e mesmo quantitativo? Eu deixo eles trabalharem. Não inibo eles”, completou.
“Não preciso do seu voto”
A sabatina teve 1h20, foi transmitida ao vivo pelos canais do Mais Goiás, e conduzida pelos jornalistas Rubens Salomão (Mais Goiás), Francisco Costa (Mais Goiás), Lucas Santana (TV Goiânia Band) e Thiago Mendes (Rádio Bandeirantes). Na entrevista, o governador foi provocado a explicar um dos momentos mais polêmicos do seu mandato: quando ele disse “não preciso do seu voto” a uma pessoa que o criticava.
“Tínhamos 246 leitos, somos 7,2 milhões de goianos. Se tivéssemos uma curva ascendente de contaminados, teríamos uma repetição do que aconteceu em Manaus. Eu me lembro bem, no dia 13 de março eu assinei o decreto dizendo que Goiás, por não ter condição de atender os goianos, tinha que fazer isolamento social. Naquele dia havia um protesto e eu desci do prédio do Palácio e expliquei a ele. Foram agressivos comigo. Eu lhe pergunto: se você fosse governador, gostaria de ver goianos por falta de oxigênio? Eu precisava de um tempo para ter mil leitos de UTI. Voto nunca foi moeda de troca. Agora, tem pessoas que acham que a vida não é tão importante assim”, explica o governador.
Novo benefício social
Na entrevista, Caiado anunciou que, em seu eventual segundo mandato, vai pagar R$ 300 a mais para pessoas de 60 a 65 anos que já recebem o Auxílio Brasil, programa social do governo federal.
“De 60 a 65 anos, as pessoas vivem em uma situação em que eles não são apoiados por nada. Além do Auxílio Brasil, daremos uma complementação de R$ 300 para ele. Para que ele possa ter um complemento para comprar alimentação e remédio. Porque nessa faixa etária, o gasto com remédios é muito grande”, afirma Caiado.
Relação com Bolsonaro
Durante a sabatina, o governador negou haver desacordo político com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que lidera as pesquisas de intenção de voto em Goiás na eleição presidencial.
“Eu tenho experiência de vida. Eu fui parlamentar por 24 anos. Você acha que eu, como governador, vou deixar de manter parcerias com o governo federal? O presidente acaba de de doar 17 hectares de terra para eu fazer o mais moderno hospital de combate ao câncer infantil”, disse.
Outras sabatinas
Na última segunda-feira (29), o Mais Goiás entrevistou Edigar Diniz (Novo). Na terça (30), foi a vez de Wolmir Amado (PT) e, nesta quarta (31), Caiado. Além deles, participarão Major Vitor Hugo (PL) e Gustavo Mendanha (Patriota). Eles foram os cinco candidatos mais bem posicionados na corrida eleitoral ao governo do Estado no levantamento do instituto Goiás Pesquisas divulgado em julho.
A ordem das entrevistas foi definida em sorteio com presença dos assessores dos candidatos. A sabatina terá quatro blocos, com intervalos de 2 minutos e meio. Cinco entrevistadores fixos vão poder se intercalar com perguntas de tema livre; são eles: Francisco Costa (Mais Goiás), Rubens Salomão (Sagres TV), Thiago Mendes (Rádio Bandeirantes) e Lucas Santana (TV Goiânia Band).