OITIVA

AO VIVO: CPI da Covid ouve Dimas Covas, presidente do Butantan; assista

Ele será questionado sobre negociação e compra de doses da CoronaVac entre dos governos estadual e federal

Dimas será questionado sobre negociação e compra de doses da CoronaVac entre dos governos estadual e federal (Foto: divulgação/ Prefeitura de São Paulo)

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, presta depoimento à Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta quinta-feira (27). A expectativa é que ele explique como foi a negociação e compra de doses da CoronaVac entre os governos federal e de São Paulo com a China.

Covas e sua equipe coordenaram os testes e produção da vacina, que foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e testada no Brasil pelo Butantan. Os testes em território brasileiro tiveram início em junho do ano passado e abrangeram seis estados e o Distrito Federal.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi quem apresentou requerimento para a convocação do também professor de medicina na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Em entrevista à Agência Brasil, o parlamentar disse que o depoimento poderá sanar dúvidas sobre o comportamento do governo Bolsonaro diante às aquisições dos imunizantes.

“É necessária a oitiva do senhor Dimas Tadeu Covas para que esclareça todos os detalhes da atuação do Instituto Butantan desde o início da pandemia, especialmente com relação à produção de vacinas”, defende o senador à agência.
Os parlamentares oposicionistas apontam que o Ministério da Saúde se omitiu e até se negou a fazer a compra do imunizante. Pfizer afirma que teve mais de sete iniciativas comerciais recusadas pelo governo federal.
A CoronaVac se tornou ainda uma guerra política entre Bolsonaro e João Dória (PSDB), governador de São Paulo. Por diversas vezes, o presidente demonstrou total aversão pela aquisição dos imunizantes. Em alguns momentos, chegou a se referir a vacina como “Vachina”, em referência pejorativa à China. Porém, a CoronaVac é a vacina mais aplicada nos brasileiros.
Mesmo após a liberação do uso emergencial dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Bolsonaro continuou criticando o país asiático. O comportamento do Chefe da Nação provocou um pronunciamento de Dimas, que disse que “até julho, enfrentaremos muitas dificuldades”, causadas pela falta de insumos para produção de novas doses.