CPI da Covid remarca depoimentos de Carlos Wizard e auditor do TCU

A CPI da Covid decidiu pela remarcação dos depoimentos do empresário bolsonarista Carlos Wizard e do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva e Marques. Segundo o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ambos não apresentaram justificativas plausíveis para o não comparecimento ao Senado. Vale lembrar que ambos conseguiram junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de se manterem em silêncio durante as oitivas. A sessão desta quinta-feira (17) foi cancelada.

A direito concedido a Carlos Wizard foi ofertado pelo ministro Luis Alberto Barroso e Gilmar Mendes concedeu o silêncio ao auditor do TCU. O empresário ainda tentou negociar um depoimento por meio de videoconferência pois estaria nos Estados Unidos com problemas de saúde na família, mas o pedido foi negado pelo presidente Omar Aziz.

O depoimento de Carlos Wizard seria ouvido sob suspeita de que ele integre o chamado “gabinete paralelo”, que seria um grupo composto por aliados do presidente Jair Bolsonaro e que estariam lhe orientando sobre como agir diante à pandemia do novo coronavírus.

Já Alexandre Figueiredo iria falar sobre o levantamento que teria sido feito pelo TCU e que foi citado por Jair Bolsonaro a apoiadores em que comprovaria que metade das mortes causadas no ano passado e tida como causa como Covid seriam causadas por outros fatores. Porém, o presidente foi desmentido pelo próprio TCU, que negou que tenha feito tal relatório. Um dia depois, Bolsonaro disse que “errou” e que a tabela citada teria sido feita por ele.