DEPOIMENTO

AO VIVO: CPI ouve ex-diretor suspeito de pedir propina por compra de vacina

Roberto Dias foi exonerado em julho, logo após à denúncia vir à tona

Roberto Dias, no centro da denúncia que envolve cobrança de propina por vacina contra covid-19 (Foto: Anderson Riedel/PR)

O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta quarta-feira (7). Ele foi exonerado do cargo em junho, logo após denúncia de que teria pedido propina para autorizar a compra de doses da vacina AstraZeneca pelo Governo Federal. Roberto nega a acusação.

A denúncia contra ele foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Durante depoimento à CPI, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para compra de 400 milhões de doses da vacina. O PM disse que Roberto teria cobrado US$ 1 por dose.

Além disso, na sessão desta quarta-feira (7), deverão ser votados requerimentos para novas convocações. Os documentos são dos senadores Humberto Costa (PT-SE) e Otto Alencar (PSD-BA). Nos pedidos, os parlamentares querem esclarecer também o suposto envolvimento de Roberto Dias em irregularidades na compra de outra vacina: Covaxin.

O senador Humberto Costa (PSD) diz que Roberto Dias assinou um “contrato bilionário” para a compra da vacina, o que vem sendo investigado pela CPI.

“O contrato prevê a entrega de 20 milhões de doses, ao valor unitário de US$ 15, no valor total de R$ 1,614 bilhões. Considerada a vacina mais cara do Brasil, o contrato foi firmado com a empresa indiana Bharat Biotech, representada pela empresa brasileira Precisa Medicamentos”, argumenta o parlamentar.