Aos 16 anos, filho de Bruno Covas anuncia filiação no PSDB
Filho do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), Tomás Covas, 16 anos, disse, nesta sexta (13), que…
Filho do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), Tomás Covas, 16 anos, disse, nesta sexta (13), que vai se filiar ao PSDB. A informação foi confirmada pelo perfil oficial do PSDB no Twitter.
A conta informou, também, que Tomás vai tirar o título de eleitor, agora que tem 16 anos. “Completei 16 anos, vou tirar o título de eleitor e me filiar ao PSDB”, replicou.
"Completei 16 anos, vou tirar o título de eleitor e me filiar ao PSDB."
Seja bem-vindo, Tomás. O PSDB de Mário e Bruno Covas o receberá de braços abertos.https://t.co/7CM0xOxFGG
— PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) August 13, 2021
Com a notícia, ele segue o caminho do pai e do bisavô, Mario Covas, um dos fundadores da sigla.
Na segunda-feira (9), o governador João Doria (PSDB) também informou, pelas redes sociais, que Tomás iria estagiar no governo de São Paulo. “Seu pai certamente está muito orgulhoso de você”, escreveu o gestor.
Que alegria receber @covas_tomas, filho do meu querido amigo, o saudoso Bruno Covas. Tomás completa hoje 16 anos. Na semana que vem ele começa a estagiar aqui no Governo de São Paulo. Seu pai certamente está muito orgulhoso de você! Bem-vindo, Tomás! pic.twitter.com/9GX5ovH9XB
— João Doria (@jdoriajr) August 9, 2021
Morte do pai, Bruno Covas
Então prefeito de São Paulo, Bruno Covas morreu aos 41 anos em um domingo, 16 de maio, de câncer. Ele estava internado desde o último dia 2 de maio para o tratamento da doença, que teve metástase nos ossos e fígado.
A morte do político ocorreu dois dias após o Hospital Sírio Libanês, unidade que ele estava internado, informar, por meio e nota, que o estado de saúde do prefeito licenciado era irreversível. Ele estava licenciado do cargo.
“O Prefeito Bruno Covas segue internado no Hospital Sírio-Libanês recebendo medicamentos analgésicos e sedativos. O quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica. Neste momento, encontra-se no quarto acompanhado de seus familiares”, informou boletim divulgado na noite de 14 de maio.
Em 2 de maio, Covas anunciou que faria um pedido de afastamento do cargo por 30 dias para dar continuidade ao tratamento de saúde. Com isso, o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumiu a gestão da cidade.
O prefeito licenciado ainda foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no último dia 3 de maio após passar por um procedimento para conter um sangramento no tumor da cárdia, localizada na transição entre o estômago e esôfago.
“O evento foi controlado com sucesso. A intubação foi estratégia para evitar que os coágulos fossem aspirados e contaminassem a via aérea. Foi uma intubação para proteger a via aérea durante o evento. É diferente da intubação de quem tem insuficiência respiratória por Covid ou alguma coisa assim. Não houve alteração da função respiratória”, afirmou o médico Artur Katz.
Evolução da doença
Bruno Covas foi internado pelo primeira vez em outubro de 2019. No hospital, ele foi tratar uma infecção (erisipela), que evoluiu para trombose venosa profunda na perna direta. Os coágulos subiram para o pulmão e causou o que é chamado de embolia.
Durante os exames, os médicos identificaram que o prefeito estava com câncer na cárdia, com metástase no fígado e nos linfonodos. Covas passou por oito sessões de quimioterapia, que ajudou o tumor regredir. Porém, a equipe afirmou que o procedimento não foi suficiente para conter o câncer. Após novos exames, o prefeito iniciou o tratamento com imunoterapia.
Após ser reeleito para chefiar a maior cidade do país, em janeiro de 2021, Covas disse que passaria por uma nova fase de tratamento da doença. Ele tirou 10 dias de licença. Em abril desse ano, o prefeito descobriu novos tumores nos ossos e fígado.
Ele teve um piora no quadro e foi diagnosticado com líquido no abdômen e nas pleuras, tecidos que revestem os pulmões. Foram colocados drenos para a retirada do líquido, uma suplementação nutricional. Com isso, Covas teve alta em 27 de abril.
Polêmica com Bolsonaro
No começo deste mês, o presidente Bolsonaro (sem partido) fez ataques a Bruno Covas. A apoiadores, ele disse, se referindo ao tucano: “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã.”
A fala diz respeito a um jogo em que o ex-prefeito levou o filho para ver uma partida de futebol, no estádio, sem público, por causa da pandemia. Tomás rebateu.
“Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde hoje durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas”, disse à Folha de S.Paulo.
E ainda: “Uma tristeza as agressões vazias do presidente contra meu pai. Não é certo atacar quem não está mais aqui para se defender. Meu pai sempre foi um homem sério e fez questão de me levar ao Maracanã no fim da sua vida para curtirmos seus últimos momentos juntos. Isso é amor! Bolsonaro nunca entenderá esse sentimento.”