SEGURANÇA PÚBLICA

Aos 24, Marta é a primeira mulher a comandar Guarda Civil em Senador Canedo

“Sinto-me privilegiada”, diz Marta Damázio, que se tornou a primeira mulher a comandar a Guarda…

“Sinto-me privilegiada”, diz Marta Damázio, que se tornou a primeira mulher a comandar a Guarda Civil Municipal de Senador Canedo após nomeação do prefeito Fernado Pellozo (PSD). Ela é também a primeira mulher a comandar uma Guarda Civil em todo o estado de Goiás. Com apenas 24 anos e seis anos de carreira.

Marta Damázio diz que a princípio fez o concurso pensando na estabilidade que a função poderia dar. Mas não foi qualquer função não. Ela atuou no administrativo, mas boa parte de sua experiência é mesmo na rua. “A partir daí me apaixonei pela função. E agora não me vejo fazendo outra coisa”, aponta.

Com a lei 13.022, que regulamentou o parágrafo 8º do artigo 144 da Constituição Federal, sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014, a Guarda Civil deixou de ser “vigia patrimonial” e passou a ter, também, poder de polícia. Na prática, passou a ser um órgão efetivo de segurança pública. Ou seja, na lida diária com a criminalidade dos centros urbanos.

Neste sentido, Marta Damázio atuou direto na contenção de criminosos. “Diversas ocorrências de prisão ou furto. Além de perseguição”, relata ao comentar os momento mais tensos da profissão. No entanto, ela diz que sempre obteve êxito nas ocorrências. Talvez o fato de ser mulher a ajude.

“Surpreende o indivíduo, que espera que a função seja sempre cumprida por um homem. Além disso, me dá a oportunidade de ter uma visão diferente dos fatos. E me permite um abordagem diferente na hora do conflito”, avalia.

Nova gestão

O principal desafio na Guarda Civil de Senador Canedo é a estruturação interna. Na avaliação da nova comandante, o a estrutura física e de carreira dos guardas civis está defasada. Por isso, necessita de melhorias e atualização. Inclusive das viaturas usadas para patrulhamento.

Além disso, Marta Damázio espera mudar a relação da Guarda Civil com a comunidade. Para isso, projeta uma política de aproximação. Ou seja, desenvolver projeto de acompanhamento para atuar na prevenção de crimes, através de polícia comunitária e educação.

“Um desses projetos é o da Maria da Penha, no qual pretendemos fazer o acompanhamento às vítimas de agressões e que possuem medida protetiva. Com isso, esperamos evitar com que novas agressões e crimes ocorram”, diz.