Apesar de encontro em Anápolis, aproximação entre Caiado e Baldy ainda é incerta
A cerimônia de entrega da Comenda Gomes de Souza Ramos, realizada na noite de terça-feira…
A cerimônia de entrega da Comenda Gomes de Souza Ramos, realizada na noite de terça-feira (27), em Anápolis, reuniu pela primeira vez – desde o rompimento – o governador Ronaldo Caiado (DEM) e a cúpula do Progressistas. O encontro era envolto por expectativas diante da sinalização de uma nova aproximação entre os grupos para possível composição nas eleições de 2022. No entanto, a aliança continua incerta.
O encontro foi intermediado pelo prefeito Roberto Naves (PP) e contou com a presença de Alexandre Baldy, presidente do partido no Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o senador Ciro Nogueira (PP), que irá para a Casa Civil do governo federal.
A expectativa é que, com o fortalecimento do Progressistas no âmbito nacional, a entrada do partido na composição estadual seja viável. Possivelmente, seria a abertura para que Alexandre Baldy concorresse ao Senado com aval do governo estadual. A vaga única para o Senado é concorrida. O MDB também pode estar de olho nela, além de Republicanos e outras siglas.
No evento, Caiado disse que estará com o prefeito de Anápolis em Brasília, apresentando as demandas do Estado de Goiás. No entanto, sem sinalizar qualquer aliança.
Do mesmo modo, o presidente da Câmara dos Deputados se comprometeu em estabelecer uma ponte entre Brasília e Goiás. “Sabemos da nossa responsabilidade. Estarei sempre atento às demandas de Goiás e de Anápolis”, disse Arthur Lira.
Ao Mais Goiás, Baldy, antes do encontro, não negou a possibilidade de uma aproximação com o DEM do governador Ronaldo Caiado para as eleições de 2022. “O PP é um partido que tem projeto. É de diálogo. Estamos discutindo qual o melhor projeto e teremos diálogo com todos”, revelou sem bater o martelo.
Rompimento
A cisão entre Caiado e Baldy ocorreu no início do ano quando o progressista cobrou do governador apoio explícito a Arthur Lira para presidência da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o democrata exonerou Adriano Baldy da Secretaria de Estado da Cultura.