EDUCAÇÃO

Apesar do corte de 20% no orçamento, reitor diz que UFG não vai fechar

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, afirma que a instituição não…

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, afirma que a instituição não vai fechar as portas – apesar do corte de 20% no orçamento determinado pelo governo federal. Madureira se reuniu na semana passada com o diretor executivo do Ministério da Educação (MEC), Victor Godoy Veiga, e deve se reunir com ele de novo na próxima quinta-feira (13) na tentativa de sensibilizá-lo a respeito da gravidade do corte.

A UFG tem um gasto mensal de R$ 7 milhões e pode perder três meses de autonomia caso o corte de 20% se concretize. “Começamos o ano com dívida de R$ 8 milhões do ano passado. Com o novo corte serão mais R$ 20 milhões. Não há mais de onde tirar. Deixar de fazer manutenção em prédio ou algo neste sentido. Não há mais margem de manobra. Vamos começar a dever fornecedor”, diz o reitor.

Madureira, que é presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), lembra que o corte de 20%, previsto na Lei de Orçamento Anual (LOA) para este ano se soma a outro corte de 18% no orçamento da instituição ocorrido em 2020.

O orçamento para as 69 universidades do país era de R$ 7,4 bilhões em 2014 e, em 2021, caiu para R$ 4,3 bilhões. Com isso, a instituição deixou de fazer serviços de manutenção, cortou terceirizados e promoveu outras ações drásticas de enxugamento. Agora, começou a comprometer bolsas e projetos de extensão e pesquisa.

UFRJ

Diante deste cenário, a UFRJ vive uma das maiores crises financeiras de sua história e corre risco real e fechamento. A maior universidade do país pode suspender todas as suas atividades já no mês de julho, por falta de verba.

O vice-reitor da instituição, Carlos Frederico Leão Rocha, afirmou ao G1 que “não dá pra manter” o funcionamento com o orçamento destinado. Em um artigo do jornal O Globo, Carlos e a reitora, Denise Pires de Carvalho, escreveram que as atividades na instituição se tornariam inviáveis a partir de julho deste ano após bloqueio de verbas anunciadas pelo governo federal.