“Nós vamos corrigir a tabela do Imposto de Renda, não vamos ter alíquota única. Isso prejudica a classe média e também a população que precisa mais”, afirmou.
Em entrevista à Folha, na sexta, do hospital, Bolsonaro elogiou o economista que o assessora, Paulo Guedes, e sua proposta. “A alíquota única do IR para quem ganha mais é uma boa ideia.”
A mudança traria perdas de arrecadação de até quase R$ 70 bilhões, segundo cálculo de técnico do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A unificação da alíquota beneficiaria os 11% mais ricos do país, de acordo com o estudo, com 11,2 milhões beneficiados por isenção e 6,1 milhões, com cobrança menor.
Nesta semana, a sugestão revelada pela Folha de recriar um imposto nos moldes da CPMF, feita por Guedes, dominou o noticiário.
A campanha tucana levou ao horário eleitoral na TV o mais duro ataque ao adversário e disse que “o candidato da bala deu seu primeiro tiro contra os pobres”. No sábado, Alckmin insistiu no tema.
“Não vamos criar imposto do cheque, trazer de volta a CPMF. Isso aí é um grande erro, um imposto em cascata, encarece tudo e os ricos levam o dinheiro para fora.”
Em relação a salário mínimo e Previdência, o tucano adotou fala em favor da população pobre, mas desta vez o contraste se deu com seu próprio economista, Persio Arida. “O salário mínimo será além da inflação, ganho real, e não vamos desvincular dos benefícios de aposentadoria. Não há hipótese de desvincular do salário mínimo o piso e benefícios de prestação continuada”, afirmou Alckmin, em Sorocaba.
“O Brasil precisa ser um país mais justo.” Arida, em sabatina do jornal O Estado de S. Paulo, disse ser possível “fixar uma nova regra para o salário mínimo, ou não fixar regra nenhuma. A nossa posição, primeiramente, é a favor de regra. Qual é a regra certa? A evolução do salário mínimo tem de refletir índices de produtividade”.