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Após operação contra tentativa de golpe, Amoêdo diz que voto em Lula em 2022 foi necessário

De acordo com ele, se houve reeleição, "muito provavelmente, começaríamos o ano de 2027 em um regime de exceção sob o comando de Bolsonaro"

Após operação contra tentativa de golpe, Amoêdo diz que voto em Lula em 2022 foi necessário
Após operação contra tentativa de golpe, Amoêdo diz que voto em Lula em 2022 foi necessário (Foto: Reprodução - Redes sociais)

Ex-presidente e integrante do Partido Novo, João Amoêdo voltou a justificar o voto no presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições de 2022, nesta sexta-feira (8). A fala vem um dia após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Bolsonaro (PL) e aliados que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manutenção do ex-mandatário no poder.

“Espero que para os brasileiros que de fato pensam no País e no futuro dos seus filhos, mas discordam totalmente do PT e de suas lideranças, tenha ficado claro, com os fatos divulgados ontem, que o voto em Lula no segundo turno das eleições de 2022 era absolutamente necessário”, inicia o texto.

Segundo ele, esta era a única forma de evitar um golpe que aconteceria com grande chance de sucesso em 2026. “O resultado da reeleição de Bolsonaro seria um Supremo totalmente aparelhado, as Forças Armadas devidamente submetidas às suas vontades, onde a realidade seguiria sendo distorcida pela desinformação e a espionagem de adversários políticos chegaria a níveis ainda piores”, esclarece.

De acordo com ele, “muito provavelmente, começaríamos o ano de 2027 em um regime de exceção sob o comando de Bolsonaro”. Ele defende, ainda, que o momento é de punir com rigor todos os envolvidos, sejam civis ou militares. Amoêdo divulgou uma nota no X (antigo Twitter). Vale lembrar, ele foi expulso da sigla após declarar voto em Lula, em 2022.

Minuta com discurso de estado de sítio

Durante a operação da PF contra tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para manter o ex-presidente no poder, os agentes encontraram o que seria a minuta de um discurso de anúncio de decreto de estado de sítio no País no escritório de Bolsonaro, na sede do PL, em Brasília. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (8).

A coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, apurou que a decretação seria necessária “para restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil”. A minuta foi apreendida. Um trecho do documento diz: “Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio (sic) e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem.”

O estado de sítio suspende temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos. Trata-se de um instrumento utilizado pelo presidente.

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