“Aqui não entra ditadura do Caiado”, diz prefeito de Iporá
Circula pelas redes sociais um áudio do prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite (PSDB), em…
Circula pelas redes sociais um áudio do prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite (PSDB), em que o mesmo afirma que não irá fechar o comércio. A gravação foi feita logo após reunião remota desta segunda com o governador Ronaldo Caiado (DEM), a qual o tema foi o endurecimento da quarentena e o fechamento do comércio para combater a pandemia do novo coronavírus. Ao Mais Goiás, o gestor municipal confirmou a veracidade do áudio. “Aqui não entra ditadura do Caiado.”
Na mensagem gravada ele diz: “Acabei de sair da reunião, não vou fechar. O governador que se f@%$. Vai continuar do jeito que está, aqui quem manda é nós. Vamos reunir com os comerciantes, todo mundo, e vamos tomar decisão conjunta. O governador quer que fecha o Estado. Deixa ele fechar o Estado. Iporá ele não vai fechar, não. Estou amparado pela lei. (sic)”
Por telefone, ele diz que já tem o decreto municipal e vai utiliza-lo. Ele cita que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) deu discricionariedade aos Estados e municípios para tratar do tema. “Ele vai lançar um decreto, mas eu tenho o meu e vou manter o meu. Apertando a fiscalização”, informa. Segundo ele, apesar da imprensa ter divulgado que a cidade ter o menor índice de isolamento no Estado, não há nenhum caso da doença.
Histórico
Ainda antes do decreto de flexibilização de Caiado, a 1ª Promotoria de Justiça de Iporá do Ministério Público de Goiás (MP-GO), recomendou, que o prefeito adotasse todas as providências necessárias para executar e fiscalizar as medidas de prevenção e enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em especial as de quarentena.
Depois de ter acertado com o secretário de Governo de Goiás, Ernesto Roller, o cumprimento do decreto de Estado, da época, Naçoitan gravou um vídeo pedindo a reabertura do comércio. Questionado pelo titular da pasta, o prefeito informou que cumpriria a medida, apesar da filmagem.
Desta vez, questionado se a justiça pode intervir de alguma forma, em caso de descumprimento do decreto que deve ser emitido por Caiado, Naçoitan afirma que não acredita. “Estou dentro da lei.”