ECONOMIA COLABORATIVA

Assembleia analisa projeto sobre permuta para impulsionar economia

Autor da proposta, Virmondes Cruvinel diz que a medida se assemelha ao escambo, mas modernizado

Virmondes Cruvinel, autor da proposta (Foto: Maykon Cardoso)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou um projeto de lei do deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania), que institui a política estadual de incentivo à economia colaborativa. Segundo o parlamentar, a ideia é fomentar iniciativas que promovam a permuta e a doação de produtos e serviços em plataformas multilaterais.

“O reconhecimento do crédito colaborativo e a articulação inteligente entre ofertas e demandas aquecem a economia, reduzem custos e podem ajudar pequenos negócios que hoje estão meio parados por causa da crise. Acredito que, a exemplo do que ocorreu com o escambo, representará uma evolução relevante para o momento difícil que vivemos [da pandemia do novo coronavírus].”

Sobre escambo, ele explica: a troca de bens e serviços sem o uso de moeda. Para Virmondes, a humanidade sempre dependeu de inovação para superar dificuldades, mas, às vezes, a adaptação ocorre dando “um passo para trás”.

“O escambo volta a ser uma alternativa muito importante para quem precisa sobreviver em meio a uma das piores crises econômicas da história. Claro que com uma nova roupagem e um nome inspirador: economia colaborativa.”

Economia colaborativa

De acordo com o parlamentar, o termo economia colaborativa começou a ser usado e 2008, mas em 2021 ganhou nova relevância, especialmente para micro e pequenas empresas. “Seu modelo é simples. Basta lembrar de seu avô, o escambo, só que incrementado pelas facilidades da internet móvel e o raciocínio em rede. O foco é o compartilhamento de bens e serviços, evitando que fiquem ociosos. Assim, empréstimos ou aluguéis passam a ser operações mais comuns do que a mera aquisição, sendo uma forma muito mais consciente e sustentável de consumo”, explica.

Ele enumera, ainda, exemplos como a Uber, Airbnb e outras plataformas. “Sem contar os diversos espaços de coworking que estão surgindo em todas as grandes cidades”, ressalta.

Aprovado na CCJ, o texto ainda deve ser apreciado em plenário por duas votações.