Assembleia instala CPI do Leite em Goiás e aprova convocações
Colegiado também definiu prazo de 120 dias para a conclusão dos trabalhos
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou a reunião de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar supostas irregularidades na cadeia produtiva do leite no Estado, a CPI do Leite. O colegiado, que será presidido pelo deputado Amauri Ribeiro (UB) e tem como relator o parlamentar Eduardo Prado (PL), já teve três requerimentos aprovados.
Dois deles são de convocação. O primeiro chama as indústrias Italac, Piracanjuba, Lactalis, Marajoara e Nestlé e o segundo os supermercados Assaí, Extra, Bretas, Carrefour, Big, Pró-Brasília e Tatico. O outro requerimento aprovado é para determinar o tempo limite da CPI, que será de 120 dias.
Na ocasião, Amauri disse que intenção é investigar os baixos preços pagos ao produtor, bem como supostas irregularidades em notas fiscais. “Queremos saber onde está a falha nesta cadeia. Vamos chamar representantes de laticínios, comércio atacadista e varejista para encontrar o erro. Essa CPI trará à tona irregularidades da cadeia, inclusive porque o produtor só recebe 50 dias depois de entregar o leite sem saber o valor que será pago.”
Ainda segundo ele, Goiás possui 70 mil produtores de leite, mas muitos abandonam a produção por causa dos preços baixos pagos pelos laticínios. “Muitos estão passando por dificuldades e nosso objetivo é descobrir o que motiva esses preços baixos injustificados”, reforçou.
O relator Eduardo Prado, por sua vez, citou que o mercado de leite é um dos mais complexos de todo o segmento agropecuário. De acordo com ele, o setor envolve vários aspectos que o influenciam de forma direta e as denuncias da existência de intervenções ilegais dos grandes laticínios na manipulação dos preços do leite precisam ser averiguadas.