Auditores dizem que prefeitura não os procurou para resolver impasse, em Goiânia
Categoria afirma também que só negociará caso a gestão reverta pontos da reforma administrativa
Auditores de tributos de Goiânia dizem que só fazem acordo com a prefeitura de Goiânia, caso haja intenção de projeto de lei para reverter as medidas feitas na categoria pela reforma administrativa aprovada na Câmara Municipal no final de dezembro e sancionada pela prefeito em exercício Rogério Cruz (Republicanos). A categoria ainda afirma que o Paço Municipal ainda não se mexeu para resolver o impasse.
Segundo o presidente da Associação de Auditores de Tributo do Município, Elísio Gonzaga, a falta de acordo com o município se deve ao ‘modus operandi’ do secretário municipal de Finanças, Alessandro Melo, e que ele precisa rever a conduta que possui com os servidores públicos municipais. “Ele tem que repensar e caminhar de outra forma. Enquanto não for restabelecido [os direitos] não vamos fazer acordo”, salienta.
Elísio Gonzaga se refere principalmente ao decreto editado ainda na gestão passada, em que aumentou a carga horária de 6 horas para 8 horas da categoria, sem compensação salarial. Além disso, atribui a ele a revogação de atribuições consideradas específicas da carreira, como a presidência do Conselho Fiscal e ocupação de superintendências tributárias, no texto da reforma administrativa sancionado pelo prefeito em exercício.
Assembleia
Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 6, com presença de 86 auditores, a categoria decidiu protocolar representação no Ministério Público de Goiás e no Tribunal de Contas contra a prefeitura por considerar que há “erros e vícios” nas mudanças.
A categoria também decidiu não aceitar qualquer indicação feita pelo secretário de finanças Alessandro Melo na nova estrutura da pasta.
O Mais Goiás tentou contato durante toda a manhã com o secretário Alessandro Melo, mas não obteve resposta até o fechamento. O espaço está aberto para a livre manifestação.