OPERAÇÃO

Augusto Aras diz que não sabia de ação da PF contra empresários

Augusto Aras, procurador-geral da República, afirmou que não recebeu o processo de investigação contra os…

Augusto Aras, procurador-geral da República, afirmou que não recebeu o processo de investigação contra os empresários que discutiam um golpe em grupo de WhatsApp, caso o ex-presidente Lula (PT) fosse eleito em outubro. Segundo comunicado, o PGR afirmou que o processo ainda não foi enviado ao órgão para “ciência formal”.

Para o procurador, o procedimento foi “não usual”. “Não houve intimação pessoal da ordem, conforme previsão da Lei Complementar LC 75/93 (art. 18, I, ‘H’), apenas entrega – em procedimento não usual – de cópia da decisão, na segunda-feira (22), em sala situada nas dependências do STF [Supremo Tribunal Federal], onde funciona unidade de apoio aos subprocuradores-gerais da República e ao PGR”, diz nota da Procuradoria-Geral da República.

Vale lembrar, o ministro Alexandre de Moraes autorizou à Polícia Federal cumprir mandados de busca contra empresários que em um grupo de mensagens defenderam um golpe de Estado caso Lula vença Bolsonaro (PL) nas eleições. O magistrado também autorizou à PF ouvir os empresários. A operação ocorreu na manhã desta terça-feira (23).

Entre os alvos estão: Luciano Hang (Havan), José Isaac Peres (shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai), e Afrânio Barreira (Coco Bambu).

Moraes também determinou o bloqueio das contas dos envolvidos nas redes sociais, a quebra dos sigilo bancário e telemático de todos eles e que eles prestem depoimentos sobre as ameaças à democracia brasileira. Em almoço, nesta terça, Bolsonaro não atacou Moraes, mas insinuou que a ação foi “desproporcional”.