Ausência de Iris e ataque a adversários marcam debate da Record-GO
Mesmo sem o primeiro colocado nas pesquisas, candidatos partiram para o ataque
“Imperdoável”. Foi assim que Carlos Magno, apresentador da TV Record Goiás, classificou a ausência de Iris Rezende (PMDB) no debate realizado na noite deste domingo (25) pela emissora com os postulantes à Prefeitura de Goiânia. Apesar da ausência do líder nas pesquisas, os seis candidatos presentes aproveitaram a oportunidade e partiram para o ataque.
Na primeira pergunta do debate, Flávio Sofiati (PSOL) começou alfinetando Vanderlan Cardoso sobre o envolvimento do PSBD, partido que o apoia, em casos de corrupção, como o da Saneago. O pessebista respondeu que recebeu o apoio da legenda do governador Marconi Perillo, mas que a gestão será dele. “Vamos ter uma parceria”, ressaltou.
Francisco Jr (PSD) também aproveitou a oportunidade para criticar a gestão atual do prefeito Paulo Garcia (PT) em pergunta direcionada para a petista Adriana Accorsi sobre a gestão do trânsito na capital. O pessedista criticou a construção do viaduto na Avenida Araguaia, a falta de investimentos na Avenida Leste Oeste e em ciclovias que não se conectam e que atrapalharam o comércio de locais como na Avenida T-63 e 85.
Adriana, por sua vez, defendeu os corredores exclusivos, as ciclovias, além da recente implantação das calçadas acessíveis realizadas na gestão petista. Ela ainda ressaltou que vai continuar com essas obras, mas que tudo será pensando e conversado com a população. Incisiva, ela ainda destacou que irá exigir que os contratos da empresas concessionárias do transporte coletivo em Goiânia sejam cumpridos.
Ainda no primeiro bloco, Djalma Araújo (Rede) voltou a criticar a gestão PT-PMDB em Goiânia. “Nunca se roubou tanto como se roubou na administração PT-PMDB”, disse. “Iris entregou a cidade para a especulação imobiliária”, acrescentou.
Delegado Waldir (PR) também fez suas críticas a gestão petista e apontou os casos de corrupção envolvendo o PSDB. Ele ainda atacou a questão da segurança pública em Goiânia, citando o caso de explosão a caixas eletrônicos ocorrido na Praça Tamandaré na última semana.
Segundo bloco
Após o intervalo, Waldir questionou Vanderlan sobre o motivo que o levou a tirar a concessão da Saneago em Senador Canedo. O pessebista criticou o delegado, afirmando que ele estava “mal informado”, e que nunca houve contratos da Saneago naquele município.
Vanderlan evitou os ataques e fez perguntas aos adversários sobre propostas nas áreas de saúde, geração de emprego e renda e turismo. Ele ainda destacou que é necessário “acabar com essa política arcaica e raivosa que foi implantanda em Goiânia nos últimos 16 anos.”
Ainda no segundo bloco, Flávio Sofiati questionou Adriana Accorsi sobre o vice dela, o pastor Deivison Costa (PTdoB). Segundo ele, a presença do pastor na chapa não deixa clara quais são as reais políticas de gênero da candidata. A petista relembrou sua experiência como delegada de Proteção a Criança e ao Adolescente, reafirmou seu compromisso em discutir as questões de gênero e destacou que ela não tem dificuldades em transitar e em respeitar diferentes ambientes e opiniões. “O melhor caminho para Goiânia é ter uma líder que consegue respeitar as opiniões diferentes.”
Críticas a Iris
A ausência de Iris Rezende no debate gerou críticas de todos os candidatos, que ressaltaram o caráter pouco democrático da atitude do peemdebista. Desde o início da campanha, Iris faltou todos os debates realizados.
O apresentador da TV Record Goiás, Carlos Magno, relatou que o peemdebista confirmou a sua presença no debate ontem, mas cancelou momentos antes do início do evento alegando que havia assumido outros compromissos anteriormente.