Auxílio-diesel a caminhoneiros não deve impedir greve do dia 1º
"Caminhoneiros não querem esmola, querem dignidade", diz Confederação
Mesmo com anúncio de auxílio-diesel, caminhoneiros mantém a greve prevista para 1º de novembro, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). “Caminhoneiros não querem esmola, querem dignidade.” A informação é portal Metrópoles.
Nesta quinta-feira (21), durante a cerimônia de inauguração de um ramal da obra da transposição do Rio São Francisco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o pagamento de um auxílio para 750 mil caminhoneiros e destinado a compensar o aumento do óleo diesel. O presidente não esclareceu de onde virá o dinheiro, mas seria um subsídio de R$ 400 de dezembro deste ano a dezembro de 2022.
“Caminhoneiro não faz nada com R$ 400, com diesel na média de R$ 4,80. Os R$ 400 propostos pelo presidente não atendem as demandas dos caminhoneiros. Manteremos nossas demandas e greve em 1º de novembro”, afirmou Wallace Landim, conhecido popularmente como Chorão.
Adesão à paralisação
Estima-se que a paralisação terá adesão de 70% do setor. O movimento é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
Embora se articule a greve geral da categoria para o dia 1º, transportadores de combustíveis de seis estados já estão parados desde a meia-noite desta quinta-feira (21). Os trabalhadores exigem a redução dos preços do diesel, gás de cozinha, da gasolina e de outros derivados do petróleo.
A categoria pede ainda o alinhamento e a redução de impostos federais e estaduais, uma vez que alegam que governos estaduais e federal transferem a responsabilidade pela alta dos preços uns aos outros, mas não reduzem os valores, deixando as empresas no prejuízo.