Bolsonarista que matou tesoureiro do PT volta para a prisão após decisão da Justiça
Guaranho estava em casa desde fevereiro, após sua defesa alegar que ele precisava de cuidados médicos

O ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em 2022, voltará a cumprir pena em regime fechado. A decisão foi tomada pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, que revogou a liminar que garantia a prisão domiciliar do condenado.
Guaranho estava em casa desde fevereiro, após sua defesa alegar que ele precisava de cuidados médicos que o sistema prisional não poderia oferecer. No entanto, uma nova avaliação médica constatou que o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais (PR), tem condições de prestar o suporte necessário. Com isso, o desembargador determinou a “imediata condução” do condenado de volta ao presídio.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) já havia recorrido contra a decisão anterior, argumentando que Guaranho deveria cumprir sua pena no regime fechado. Agora, com a nova determinação, ele foi levado de volta ao CMP, onde já se encontra desde sexta-feira (14).
A defesa do ex-policial afirmou que vai recorrer da decisão, argumentando que, enquanto esteve preso anteriormente, Guaranho não recebeu o tratamento adequado para suas condições médicas.
Crime de Guaranho
O crime ocorreu em julho de 2022, quando Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha tema do PT e do então presidente eleito Lula. Após uma discussão, ele voltou ao local armado e atirou contra Arruda, que revidou. O ex-tesoureiro do PT não resistiu aos ferimentos e morreu.