CONFIRA AS RECLAMAÇÕES

Bolsonaristas criticam decisão de Moraes de bloquear Telegram

"Agora é oficial. Vivemos uma ditadura do STF no Brasil", escreveu o senador goiano Luiz do Carmo

Bolsonaristas criticam decisão de Moraes em bloquear Telegram (Foto: TSE)

Bolsonaristas reagiram pelas redes sociais ao bloqueio do Telegram por decisão do do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O presidente Bolsonaro (PL) usa o aplicativo para divulgar conteúdo à sua base eleitoral e facilitar a comunicação entre lideranças, desde 2021.

Ainda sobre as reações, o senador por Goiás, Luiz do Carmo (sem partido), escreveu no Twitter: “Agora é oficial. Vivemos uma ditadura do STF no Brasil. Entramos para o ‘seleto’ grupo de países onde o Telegram também é proibido, como: China, Coréia do Norte, Irã e agora o Brasil.”

Para ele, ou o Senado age, “ou iremos rumo à Venezuela”. O senador questionou, ainda, se essa é mesma [suposta] estratégia que adotaram na campanha presidencial dos EUA, na qual “Donald Trump foi excluído das redes”.

Da mesma forma, o deputado estadual por Goiás, Humberto Teófilo (sem partido), foi outro bolsonarista a criticar o bloqueio. “É o fim! A censura está em nossas portas”, escreveu nos stories do Instagram. Também naquela rede social, o deputado estadual Paulo Trabalho chamou a decisão de “ditatura”.

Aliados de Bolsonaro pelo Brasil

Outros aliados do presidente Bolsonaro pelo País também criticaram a decisão. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter: “O Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do Telegram, a única ferramenta atual no qual temos a liberdade de expressão.”

O também deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) disse no Twitter que o Brasil é, oficialmente, uma ditatura judicial. “Depois de inquéritos inconstitucionais, prisões ilegais, agora censura a mídias sociais. O Brasil já é oficialmente uma ditadura judicial!”

Bloqueio do Telegram

Vale destacar, a decisão de Moraes ocorre depois do app ignorar vários contatos da Justiça brasileira. Para o magistrado, a plataforma teve “total desprezo à Justiça Brasileira”.

“A plataforma Telegram, em todas essas oportunidades, deixou de atender ao comando judicial, em total desprezo à Justiça brasileira. O desrespeito à legislação brasileira e o reiterado descumprimento de inúmeras decisões judiciais pelo Telegram, — empresa que opera no território brasileiro, sem indicar seu representante — inclusive emanadas do Supremo Tribunal Federal — é circunstância completamente incompatível com a ordem constitucional vigente, além de contrariar expressamente dispositivo legal”, escreveu.