Bolsonaristas espalham fake news contra Biden em dia de eleição nos EUA
Apoiadores radicais de Jair Bolsonaro passaram os últimos dias espalhando notícias falsas contra o candidato…
Apoiadores radicais de Jair Bolsonaro passaram os últimos dias espalhando notícias falsas contra o candidato democrata Joe Biden e a favor do republicano Donald Trump, assim como são acusados de fazer em defesa do presidente brasileiro.
Entre os ataques sem lastro na realidade, insinuaram que Biden seria pedófilo, contra cristãos e que ele planeja invadir a Amazônia. Eles foram alvos de inquéritos do STF sobre fake news. Alguns tiveram suas contas em redes sociais bloqueadas.
O blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, que se mudou para os EUA após responder a inquéritos no STF, publicou imagem em que Biden cochicha no ouvido de uma adolescente com a legenda ‘caraleo’, insinuando pedofilia.
Sobre o episódio, o pai da garota, o senador democrata Chris Coons, disse não ter havido nada de inadequado.
Bernardo Küster, youtuber do Brasil Sem Medo, publicou vídeo em que diz que Biden estava “entregando a infraestrutura dos EUA para empresas ligadas ao Partido Comunista Chinês”. Küster ainda diz que Biden vai ajudar a destruir o Ocidente.
O jornal The New York Times publicou reportagem em que afirma que não há evidências de que Biden tenha se envolvido em negociações comerciais com empresas chinesas ensaiadas por seu irmão, James, e por Hunter.
Küster ainda diz que Biden vai ajudar a destruir o Ocidente e que sociedades supranacionais secretas e banqueiros estão por trás da empreitada.
Assim como Allan, teve suas contas em redes sociais bloqueadas internacionalmente por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Outro que teve o perfil no Twitter suspenso, Roberto Jefferson, presidente do PTB, colocou Biden como “cristofóbico”. A deputada federal Carla Zambelli escreveu que o “esquerdista” Biden falou em “intervir na Amazônia brasileira”.
Com um boné Make America Great Again, o deputado estadual Douglas Garcia (PTB) usou seu tempo em plenário na Assembleia Legislativa para pedir votos a Trump e dizer que as eleições desta terça (3) poderiam “colocar em xeque a liberdade mundial”.
“Faço apelo à população conservadora dos Estados Unidos para que continuem levando esses mesmos princípios de liberdade, justiça e conservadorismo à presidência da República”, disse. Seu vídeo foi visualizado por 66 pessoas até a noite desta terça (3).
Considerado o guru da ala ideológica do governo, Olavo de Carvalho foi mais discreto e fez poucos comentários, tendo chamado Biden de “Dilmo”, em referência à ex-presidente brasileira Dilma Rousseff (PT). Ele é morador da Virgínia, estado em que a média das pesquisas apontava uma vantagem de 12 pontos percentuais para o democrata.