Bolsonaro avalia tirar o goiano Carlos França do comando do Itamaraty, diz Veja

O presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia substituir o chanceler goiano Carlos França no comando do Itamaraty. A avaliação é que o chefe do Executivo brasileiro estaria descontente com posicionamentos do país em discussões internacionais.

Segundo informações de bastidores, a situação do goiano teria se deteriorado após o país não seguir Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e países árabes em discussão no Conselho de Segurança da ONU que condenava ações terroristas no Oriente Médio. As informações são da Coluna Radar, publicada pela Revista Veja.

Ainda segundo a publicação, após a crise, Bolsonaro enviou o almirante Flávio Rocha, secretário Especial de Assuntos Estratégicos, aos Emirados Árabes para desfazer o mal-estar criado pela posição brasileira. “A troca de comando na diplomacia brasileira é questão de tempo”, escreve o colunista.

Discreto e pragmático

É bom lembrar que Carlos Alberto França foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir Ernesto Araújo, após desgastes deste provocados por polêmicas e posições ideológicas extremistas. Nascido em Goiânia, o atual chanceler é tido como discreto entre os pares. A escolha dele ocorreu com anuência de Eduardo Bolsonaro (PL), filho do presidente que atua como coordenador informal das relações internacionais do país.

Considerado pragmático, de perfil conciliador, Carlos França estudou Direito e Relações Internacionais. O nome dele passou pelo crivo de congressistas por seguir uma linha ideológica “mais discreta”. O goiano não comunga diretamente com as ideias do guru bolsonarista Olavo de Carvalho.