Bolsonaro decidiu e não passará a faixa para Lula, diz coluna
Em novo argumento, ele teria afirmado que seria criticado por seus apoiadores se participasse da posse
O presidente Jair Bolsonaro (PL) teria dito a interlocutores, na quinta-feira (15), que não passará a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro. A informação é da coluna da Guilherme Amado, no Metrópoles.
A coluna tinha informado, anteriormente, que o presidente deu dois motivos para isso: primeiro, por causa das trocas de acusações que teve com o petista durante a campanha deste ano. Além disso, Bolsonaro afirmou que a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também foi um fator. Ele teria dito aos aliados que recebe tratamento desigual da Corte. Desta forma, participar e entregar a faixa seria uma forma de avalizar o processo do pleito deste ano.
Em novo argumento, ele afirmou, conforme a coluna, que seria criticado por seus apoiadores se participasse da posse. Mesmo quando questionado sobre o “compromisso com a democracia”, ele teria dito que o gesto não mudaria o que pensam os adversários sobre ele.
Destaca-se, o atual chefe do Executivo nacional se tornou recluso após a derrota para Lula no dia 30 de outubro, mantendo poucas agendas públicas. O partido dele, o PL, ajuizou uma ação contra o segundo turno (pedindo a desconsideração de mais da metade das urnas), mas esta foi considerada “litigância de má-fé” pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que multou a legenda em mais de R$ 22 milhões.
Na prática, o presidente eleito toca a transição desde o começo de novembro, tendo sido diplomado no último dia 12, junto com o vice eleito Geraldo Alckmin (PSB). Na próxima terça-feira (20), inclusive, a Câmara Federal votará a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, conforme o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL).