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Bolsonaro diz que acolheu sugestões de Collor sobre sobre economia

O presidente não explicou quais sugestões de Collor sobre reajuste de combustível foram aderidas pelo governo

Bolsonaro diz que acolheu sugestões de Collor sobre sobre economia
Senador Fernando Collor, presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução / Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que convidou o ex-presidente Fernando Collor (Pros) a uma reunião da equipe econômica para dar sugestões de como reduzir o impacto do reajuste dos combustíveis, anunciado nesta segunda-feira (8) pela Petrobras. A declaração foi dada nesta segunda (8) durante evento no Palácio do Planalto.

A gasolina subirá, em média, 8,1% (ou R$ 0,17) passando para R$ 2,25 por litro. O diesel terá alta de 5,1% (R$ 0,11), indo a R$ 2,24 por litro. Já o GLP (gás liquefeito de petróleo) sobe 5,05% (R$ 1,81 por botijão).

“Hoje, estávamos reunidos com a equipe econômica do Paulo Guedes, vendo a questão do impacto desse novo reajuste do combustível, que não podemos interferir e não pensamos em interferir [na Petrobras], e apareceu o senhor Fernando Collor e o convidamos para a reunião”, começou Bolsonaro. “Ele participou de grande parte da mesma e nos deu sugestões, sugestões bem-vindas e acolhidas por nós. Dessa forma, vamos governando”.

O presidente não explicou quais sugestões de Collor foram aderidas pelo governo. No início dos anos 1990, o ex-presidente e atual senador instituiu o Plano Collor, que incluiu, entre outras medidas, o bloqueio do saldo da poupança dos brasileiros por 18 meses e a troca do cruzado novo para o cruzeiro como moeda oficial do país.

Segundo Bolsonaro, o “ideal” para resolver a questão da alta dos combustível é “baixar o dólar”. “O ideal —tenho conversado com Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central) —é o dólar baixar. Mas baixa como? Com o parlamento em grande parte colaborando na votação de projetos que possam realmente mostrar que nós temos responsabilidade”, disse.

Para o presidente, ao mostrar essa responsabilidade, o dólar “baixa automaticamente”.

Durante o evento de ontem, Bolsonaro também admitiu que o Brasil vive uma crise econômica e cobrou apoio dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente.

“Vivemos, sim, uma crise. Nós temos problemas, mas é difícil tentar resolver sozinho, não contar com um braço amigo”, declarou Bolsonaro, durante evento no Palácio do Planalto, na tarde de hoje.