Eleições 2018

Bolsonaro diz que debaterá com Haddad se não houver ‘terceiros’

Desde que sofreu uma facada, no início de setembro, ele não participou mais dos debates e foi criticado por seus adversários. Esta semana ele havia indicado que não iria aos programas mesmo se fosse liberado

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado (13) que pode ir a debates se tiver garantias de que não haverá interferência de terceiros sob Fernando Haddad (PT), seu adversário no segundo turno.

“Se for um debate, eu e ele, sem interferência externa, eu to pronto para comparecer”, afirmou, sem explicar a quem se referia ao falar em interferência externa. A declaração foi feita em meio às gravações do programa de TV, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro deixou sua casa na manhã deste sábado, na Barra da Tijuca, e foi ao Jardim Botânico, onde grava vídeos para horário eleitoral, na casa de Paulo Marinho, seu aliado.

Desde que sofreu uma facada, no início de setembro, ele não participou mais dos debates e foi criticado por seus adversários. Bolsonaro aguarda liberação médica para fazer atos de campanha e deve passar por nova avaliação na quinta-feira (18).

Esta semana ele havia indicado que não iria aos programas mesmo se fosse liberado. “Se for eu e ele estou pronto para debater sim. Eu não quero ir a debate se houver a participação de terceiros. Quem está disputando a eleição sou ele e eu.”

Ele voltou a criticar o PT e disse que, se for eleito, vai acabar com o toma lá dá cá na política. “Não adianta você ter boas propostas, mas após uma possível eleição quem vai colocar em prática vai ser um time de ministros que quem vai escalar não vai ser o Haddad, vai ser o Lula.”

Bolsonaro voltou a negar que proporia uma Constituinte se for eleito, ao contrário do que defendeu seu vice, o general Hamilton Mourão. Ele disse que seu norte é a Constituição, da qual afirmou ser “escravo”, mas reconheceu discordar de alguns pontos da Carta, sem dizer quais.

“Tem uns artigos que eu discordo. Vamos propor emendas e se o parlamento concordar, tudo bem. Uma nova constituinte, não.”