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“Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro”, diz Lula

Líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo reforça discurso do presidente, da última sexta-feira

Lula

As repercussões de sexta-feira (25) continuam. Depois do agora ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciar sua demissão e acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal, o presidente disse em coletiva que o ex-juiz teria pedido que deixasse Maurício Valeixo na direção da PF – a demissão deste teria sido o motivo de toda a briga – até novembro, momento em que o gestor o indicaria ao STF. Moro rebateu, enviando mensagens de uma conversa com o Bolsonaro e outra com a deputa federal Carla Zambelli (PSL-SP) para provar que havia dito a verdade.

Via Twitter, nesta tarde de sábado (25), o ex-presidente Lula, condenado pelo juiz Sergio Moro, em 2017, a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal envolvendo um triplex no Guarujá, fez uma crítica ao ex-ministro e ao presidente. “Não pode haver inversão da história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro. Nessa disputa toda, os dois são bandidos, mas é o Bolsonaro que é a cria e não o contrário. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”, escreveu.

O líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Major Vítor Hugo (PSL) também usou as redes sociais para se manifestar. Ele, basicamente, reforçou o discurso do presidente Bolsonaro, de sexta. “Autonomia não é soberania nem independência, porque a legitimidade popular repousa sobre o eleito, que é Jair Bolsonaro, e nenhum ministro está acima dele. Preocupações com biografia não podem ser maiores que o compromisso com o Brasil.”

O presidente Bolsonaro, por sua vez, publicou uma imagem abraçado com Moro e lembrando a Vaza Jato – série de matérias do The Intercept Brasil que denunciavam conversas do então juiz com membrods do Ministério Público Federal (MPF). Na legenda: “A VazaJato começou em junho 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sérgio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso. (sic)”