Bolsonaro já teve quatro ministros da Saúde e três da Educação
Milton Ribeiro, do MEC, pediu exoneração nesta segunda-feira
O ministro da Educação (MEC), Milton Ribeiro, pediu exoneração por meio de carta nesta segunda-feira (28). Ele deixou o cargo após polêmica envolvendo pastores e possível lobby no MEC.
No documento, ele disse que jamais realizou ato de gestão em sua pasta “que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário”. Ainda afirmou que a decisão para que “não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal”.
Ele, contudo, não foi o primeiro ministro da pasta na gestão Bolsonaro. Antes dele, passaram pelo ministério Abraham Weintraub (9 de abril de 2019 a 19 de junho de 2020) e Ricardo Vélez Rodríguez (1 de janeiro de 2019 a 8 de abril de 2019).
Ministros de Bolsonaro da Educação
Vélez, que ficou cerca de 100 dias na pasta, foi demitido após uma “guerra interna” no ministério. Ela foi provocada por desentendimentos entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho.
Bolsonaro, naquele momento, disse que não havia disputa entre as alas ideológica do governo e a militar.
Já Weintraub anunciou a saída em 18 de junho de 2020. “Estou fechando um círculo e começando outro. E, claro, sigo apoiando o senhor, como fiz nos últimos três anos”, disse no Twitter. O último ato dele como ministro foi foi revogar uma portaria que estabelecia regime de cotas para negros e indígenas em cursos de pós-graduação.
A permanência do Weintraub passou a ser amplamente questionada após a divulgação de uma reunião ministerial, em que ele chama os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos“.
Saúde
Já na Saúde, Bolsonaro teve quatro ministros: Luiz Henrique Mandetta (janeiro a abril de 2020); Nelson Teich (abril a maio de 2020); Eduardo Pazuello (maio a março de 2021); e Marcelo Queiroga (atual).
Os dois primeiros, vale lembrar, deixaram a pasta por discordarem da maneira como Bolsonaro conduzia a gestão do País durante a pandemia da Covid-19, inclusive, sobre indicações de remédios sem eficácia. Já Pazuello saiu do cargo após pressão parlamentar por causa de uma série de polêmicas, entre eles a crise de oxigênio nos hospitais de Manaus (AM).
Marcelo Queiroga assumiu em março de 2021 e segue na pasta.