Bolsonaro não fala com imprensa, mas defende família nas provas do Enem, em Goiânia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não concedeu entrevista coletiva após a solenidade de de entrega…
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não concedeu entrevista coletiva após a solenidade de de entrega de 214 ônibus escolares, no Serra Dourada, em Goiânia. Apesar disso, durante o discurso ele aproveitou para comentar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Queremos colocar nestas provas, que a grande maioria reconheça a família”, disse sem citar a definição desta.
Ainda segundo o presidente, a primeira fase do Enem, aplicada no último domingo (3), não foi deseducada com ninguém nas questões da prova. “Apesar de não ter tido acesso à segunda parte, tenho certeza absoluta que ninguém foi deseducado, também.”
Para ele, as provas precisam “que a grande maioria reconheça a família e reconheça os valores do estado brasileiro”. Ele ainda falou da necessidade do respeito às crianças em sala de aula, sem o que ele chama de ideologia.
Enquanto Bolsonaro esteve em Goiânia, foi anunciada a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passou 580 dias preso. O pesselista deixou a capital goiana quase ao mesmo tempo em que o petista deixou a sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Entrega dos ônibus
Vale destacar que a entrega dos ônibus em Goiânia faz parte do “Programa Caminho da Escola”, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que atende alunos de escolas públicas de áreas rurais que necessitam do Transporte Escolar. Os veículos vão contemplar 133 cidades e cerca de 13 mil alunos.
Ao ver o nome do projeto, Bolsonaro arrancou risos dos presentes, quando tentou começar a contar uma história sobre os tempos de estudante. “Os mais antigos como o Iris [Rezende] vão lembrar. O mais antigo é o Iris… Mas o cara não fica velho. Acho que tá tudo funcionando. Da cintura pra cima e da cintura para baixo”, disse, em tom de brincadeira.
Ao continuar o raciocínio, o presidente disse que nos tempos de infância, em meados dos anos 1960, os livros traziam histórias que estimulavam a fazer a “coisa certa”, em cada letra escrita. Segundo ele, a partir de 2021, por meio do Ministério da Educação (MEC), será colocada uma “nova maneira de se educar”.
Participaram da solenidade, além do presidente, o governador Ronaldo Caiado (DEM), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL).