MAJOR VÍTOR HUGO

Bolsonaro tira deputado goiano da função de líder do governo no Congresso

O deputado Ricardo Barros (PP-PR) anunciou, nesta quarta-feira, que aceitou o convite do presidente Jair…

O deputado Ricardo Barros (PP-PR) anunciou, nesta quarta-feira, que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para se tornar o novo líder do governo na Câmara dos Deputados. O deputado Vitor Hugo (PSL-GO), atual ocupante do cargo, confirmou que sairá do posto na próxima terça-feira.

“Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança do convite para assumir a liderança do governo na Câmara dos Deputados com a responsabilidade de continuar o bom trabalho do Líder Vitor Hugo, de quem certamente terei colaboração”, escreveu Ricardo Barros em rede social.

Ricardo Barros foi ministro da Saúde de Michel Temer e atualmente ocupa o posto de vice-líder do governo no Congresso Nacional. Ele é próximo do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO).

Em setembro do ano passado, Ricardo Barros e a bancada de deputados do Paraná tiveram uma reunião com o ministro da Secretaria de Governo,  Luiz Eduardo Ramos, para discutir a indicação cargos ao governo.

Na ocasião, o ministro foi cobrado pela liberação de espaço e verbas relacionadas ao acordo para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara. Ao debater o assunto, Barros fez uma intervenção para dizer que “o presidente não pode demitir deputado, mas o deputado pode demitir o presidente”.

Deputado Ricardo Barros, novo líder do governo (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Após a reunião, o parlamentar disse que gostou da conversa e que Ramos estava aberto ao diálogo. Ele garantiu que não fez o comentário como uma ameaça. O deputado afirmou ainda que “quanto mais desarticulado o governo”, melhor para o Congresso.

— Se precisar demitir o presidente nós demitimos, ele não pode demitir o Congresso. A palavra final é nossa, ele é que tem que querer estar de bem conosco. Se ele não quer, está ótimo para nós. O Congresso está vivendo um ótimo momento com essa independência — disse Barros à época.