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Bruno Peixoto confirma que CPI da Equatorial pode ser aberta

Declaração foi dada em coletiva com a imprensa após reunião com o CEO da companhia

Bruno Peixoto, presidente da Alego (Foto: Divulgação/Alego)

Se a Equatorial Energia não apresentar propostas convincentes no sentido de resolver os problemas relacionados as frequentes quedas de energia, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventuais irregularidades na prestação de serviço pode ser aberta na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). A informação foi confirmada pelo presidente do Legislativo, Bruno Peixoto (União Brasil), em entrevista nesta segunda-feira (2).

“Não suportamos mais tanto descaso enquanto consumidores”, destacou em coletiva concedida após reunião com o presidente da Equatorial Energia em Goiás, Lener Jayme. O executivo da empresa preferiu não se manifestar e disse que só se pronunciaria por meio de nota. No entanto, de acordo com Peixoto, ele deve retornar ao Legislativo dentro dos próximos 15 dias para apresentar um plano de investimentos.

“Nos asseguraram que em um prazo de 15 dias estará na Assembleia em uma audiência pública para apresentar os investimentos que foram feitos e os investimentos a serem feitos. Já nos garantiu que está trabalhando para reduzir o número de quedas de energia ainda neste ano em relação a 2022”, informou Bruno Peixoto.

Questionado se uma CPI poderia ser aberta pelo legislativo, ele confirmou. “Sem sombra de dúvidas. Se não apresentarem soluções, se não forem convincentes e não agirem, a Alego dará respostas, sim, através de uma CPI, se necessário for”, salientou.

A reunião entre Lener e os parlamentares ocorreu na tarde desta segunda-feira (2) e durou pouco mais de duas horas. Ela foi convocada após reiteradas quedas no fornecimento de energia em Goiás, o que levou a Equatorial Energia a convocar uma coletiva com a imprensa realizada na semana passada.

Na ocasião, o presidente da empresa disse que a Equatorial encontrou em Goiás, desde que passou a operar no Estado, uma estrutura “extremamente degradada”, justamente pela falta de investimentos.  Além disso, ele apontou aumento de praticamente 7% na carga de energia em todo o País em função da onda de calor. Em Goiás, algumas regiões superaram 16%, o que considera algo fora da curva. Para ele, com uma rede degradada, que sofre sobrecarga, isso acaba gerando os “desarmes”.