Bruno Peixoto critica mineradoras em defesa da taxa do agro: “tratam Goiás como colônia de exploração”
Bruno Peixoto respondeu a nota, assinada pelo presidente da Fieg, Sandro Mabel, garante intensificar de esforços para derrubar a taxa do agro
O presidente da Assembleia Legislativa (Alego), Bruno Peixoto (UB), usou a tribuna, na sessão de quarta-feira (26), para criticar o modelo de extração realizado por mineradoras no estado. O posicionamento é uma resposta à ação de mineradoras contra a taxa do agro, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Bruno Peixoto também respondeu a nota assinada pelo presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, que garante intensificar esforços para derrubar a taxa do agro.
A entidade de classe ressalta que o julgamento do plenário virtual do STF não entrou no mérito da questão e, por isso a “Fieg segue confiante em [novo] julgamento da ação impetrada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entidade questiona a constitucionalidade da cobrança do Fundeinfra em Goiás.
O presidente da Assembleia disse que o projeto de lei que instituiu a taxa do agro é constitucional, inclusive com parecer da procuradoria da casa. E fez críticas diretas à ação das mineradoras em Goiás, que moveram a ação contra a cobrança em Goiás.
“[Estamos] falando de caminhões que utilizam as GOs. Falamos de recursos que não ficam no estado. Muito pouco pelo que produzem, vai aos municípios. Nosso estado está sendo tratado, como uma colônia de exploração. Porque eles vêm ao nosso estado, exploram o nosso minério e não produzem nada no estado de Goiás, não pagam nada para o estado de Goiás“, critica Bruno Peixoto.
Além disso, Bruno Peixoto afirmou que a ação das mineradoras deixa resíduos sólidos, que contaminam o solo. Após, a exaustão da jazida saem do estado. “Então eu pergunto ao ex-deputado Sandro Mabel: são essas mineradoras que está a defender, que eles não devem pagar nada ao estado de Goiás”, indaga.
O parlamentar ainda parabeniza os produtores rurais, que segundo ele, mesmo com dificuldade compreenderam a importância da taxa do agro e dos benefícios que serão aplicados.
“Por que tudo isso ocorrerá por base nas mineradoras, que contrataram os melhores e maiores escritórios de advocacia para essa ação. Peço ao Sandro Mabel que seja um estadista e olhe para Goiás, para os municípios e não para as mineradorasNada do que é metal raro (ouro ou níquel) fica em Goiás. Tudo é exportado. Não produzem nada”, critica.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), autora da ação contra a taxa do agro no STF, reforçou em nota a mesma posição do presidente da FIEG. Segundo a entidade, a decisão do Supremo, que manteve a cobrança, não considerou o mérito da ADI. A CNI garante manter o empenho pela derrubada.