Prestação de contas

Caberá ao prefeito Iris a decisão de continuação das obras do Centro de Economia Solidária, segundo secretário

Após denúncia apresentada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara de Goiânia, o…

Após denúncia apresentada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara de Goiânia, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia da capital, Celso Camilo, prestou contas ao colegiado, na quarta-feira (9), sobre a devolução de recursos que seriam empregados na construção do Centro de Economia Solidária de Goiânia. Sobre a possibilidade de retomada dos trabalhos, ele afirmou ao Mais Goiás: “Caberá ao prefeito Iris Rezende (MDB) a decisão.”

Conforme denunciado pela presidente da Comissão, Sabrina Garcêz (sem partido), a obra teve início por meio de convênio com o Governo Federal, em 2009, e seria concluída em 13 meses, o que não ocorreu. Após quase dez anos, a União não renovou o acordo combinado com a administração municipal porque os trabalhos não foram concluídos. E a cidade teve que devolver as verbas.

Custo do Centro de Economia Solidária

Vale destacar que o custo total da obra era previsto em R$ 717.094,44, com contrapartida do município de R$ 317.090. Atualmente, a estimativa para a conclusão, se os trabalhos forem retomados, é de R$ 800 mil, conforme apurado na CCJ.

“Uma conta simples revela que uma obra com orçamento de R$ 400 mil ficará em mais de R$ 1,2 milhão, caso a Prefeitura decida continuá-la. Se não for esse o caso, a cidade perde orçamento em uma construção inacabada e sem destinação. Além disso, temos perdas significativas pelos atendimentos e ações previstas naquele centro que não serão executadas. Pessoas que não passarão por processo de formação e qualificação; a população que perde um espaço público e a cidade que deixa de ter um centro de economia solidária. Essas são perdas irreparáveis”, disse Sabrina.

Decisão do prefeito

Ao Mais Goiás, Celso Camilo comentou sobre sua passagem pela CCJ. Ele confirmou que o valor estimado para a continuação e conclusão da obra é de R$ 800 mil, “independente da renovação de convênio”.

De acordo com ele, “o Ministério não renovou o convênio, e solicitou a devolução do recurso, alegando a não conclusão do objeto após 9 anos e 6 meses de convênio. Entre as causas dos atrasos, identificadas nos processos, citam-se: atraso de execução pela empresa contratada, atraso de repasse do governo federal, itens frustrados em licitação, regularização da área e criação e adaptação de projeto.”

Questionado sobre os próximos passos, o titular da pasta afirmou que “caberá ao prefeito Iris Rezende a decisão de continuação ou destinação do imóvel, considerando a negativa de renovação do convênio”.