INVESTIGAÇÃO

Caiado anuncia auditoria para investigar aumento de 29,8% nos gastos do Ipasgo com credenciados

Governador escolheu secretário Ismael Alexandrino como presidente interino do órgão

Governador Ronaldo Caiado e secretário da Saúde, Ismael Alexandrino (Foto: Britto - SES)

Na entrevista coletiva em que anunciou mudanças no Instituto de Assistência ao Servidor Público de Goiás (Ipasgo), o governador Ronaldo Caiado (DEM) levantou a possibilidade de ter havido fraude em valores cobrados ao Ipasgo nos últimos meses e disse que vai realizar uma auditoria no órgão. “Valores autenticados como corretos serão pagos. Aqueles utilizados no procedimento dos pacientes”, disse. “Os prestadores já receberam, não estamos em dívida.”

O governador garantiu que nenhum usuário do Ipasgo ficará sem exames ou tratamento. Ele afirma que o órgão funcionará enquanto se realiza a auditoria nas contas. Caiado informou que houve um aumento de 29,8% nas despesas com rede credenciada de 2020 para 2021: subiu de 1,38 bilhão para 1,79 bilhão de reais (apenas até agosto).

Ismael Alexandrino assume o Ipasgo em meio a auditoria pedida por Caiado

“Ser interino ou não, não vai mudar meu empenho”, garante o secretário de Saúde Ismael Alexandrino ao assumir o Instituto de Assistência ao Servidor Público de Goiás (Ipasgo). “A missão que me foi dada eu cumprirei.”

Destaca-se, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou Alexandrino nesta tarde de segunda (20), após o presidente Hélio Lopes pedir exoneração. Além disso, o gestor estadual solicitou uma auditoria no instituto, uma vez que até agosto deste ano o pagamento aos credenciados subiu 29,8% em relação a 2020.

Secretário de Saúde e agora presidente do Ipasgo, Ismael Alexandrino não tem prazo para deixar o novo cargo. Segundo ele, presidirá a autarquia pelo tempo que o governador Ronaldo Caiado quiser.

Pedido de exoneração de Hélio Lopes ao Ipasgo

Hélio pediu exoneração da presidência do Ipasgo nesta segunda-feira (20). A decisão ocorreu após reunião com o governador Ronaldo Caiado.

A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial. O Mais Goiás tentou contato com Hélio, mas não teve retorno. Ao O Popular, ele alegou “motivos particulares” para deixar a função.

Lopes deixou o cargo em meio a polêmica no instituto por causa do corte de 50% das cotas de atendimentos eletivos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), contudo, determinou que o Ipasgo restabelecesse as cotas de atendimento eletivo na noite de quinta-feira (16).

Vale lembrar, Lopes assumiu o Ipasgo em 2 de julho. Ele, que substituiu Silvio Fernandes e é filiado ao DEM (partido de Caiado), presidiu a Apae de Anápolis por nove anos.

Questionado sobre a limitação das cotas em 50% nos atendimentos eletivos, o governador Ronaldo Caiado disse que não houve essa redução. Segundo ele, “existe dentro da dependência a necessidade de fazer o exame”.