Caiado defende diálogo entre governadores e Bolsonaro para reduzir preço de combustíveis
Bolsonaro tem reclamado que preço não tem baixado nas bombas
O valor cobrado pelos combustíveis nas bombas tem assustado quem precisa abastecer o carro: o custo por litro de etanol está acima de R$ 3,50 em muitos locais da Grande Goiânia; a gasolina, por sua vez, está com o preço perto dos R$ 5. Em outras localidades do país, a situação não é muito diferente e a elevação dos preços tem provocado debates entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido) e chefes de Executivos estaduais. O governador Ronaldo Caiado (DEM) defende diálogo para resolver a questão.
Caiado havia declarado esta semana, em entrevista, que pretende tratar a questão pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro. Vinte e três governadores do país reagiram ao anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que enviará um Projeto de Lei Complementar ao Congresso para fixar o valor de ICMS por litro de combustível. Apenas os gestores de Goiás, Tocantins e Rondônia não assinaram documento. É um assunto que vou discutir com o próprio presidente da República, eu não vou transformar isso em campanha eleitoral”, declarou o governador de Goiás.
Ronaldo Caiado publicou nesta quinta-feira (6), que o correto é “buscar o diálogo para uma solução diante de um problema que municípios, estados e União têm culpa. É imprescindível uma reunião entre todos os chefes dos executivos estaduais com o presidente para entrarmos em um consenso. Só assim vamos conseguir alcançar as mudanças que a população espera de nós, disse o gestor.
Desafio
O presidente Jair Bolsonaro fez desafio aos governadores e disse que vai zerar os impostos federais sobre combustíveis se os governadores também zerarem a cobrança do ICMS. Os governadores querem que o governo reveja os impostos federais sobre os combustíveis, como PIS, Cofins e Cide. Bolsonaro vem defendendo uma mudança na forma de cobrança do ICMS sobre esses produtos. O ICMS é um tributo estadual que representa uma fatia importante de arrecadação tributária dos governos locais.
Bolsonaro tem reclamado que não tem adiantado baixar os preços nas refinarias, pois a redução não está chegando as bombas para o consumidor. “Olha o problema que eu estou tendo com combustível. Pelo menos a população já começou a ver de quem é a responsabilidade. Não estou brigando com governadores. O que eu quero é que o ICMS seja cobrado no combustível lá na refinaria e não na bomba. Eu baixei três vezes o combustível nos últimos dias, mas na bomba não baixou nada”, disse Bolsonaro.