Reforma Administrativa

Caiado deve nomear ex-presidente do Ipea sob Bolsonaro para chefia do Instituto Mauro Borges

Erik Figueiredo substituirá Guilherme Resende, que, há dois anos e meio, ocupa a diretoria-executiva do IMB

Governador Ronaldo Caiado recebe futuro diretor-executivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas (IMB), Erik Figueiredo, na foto ao lado do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima (Foto: Italo Yuri - Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado (UB) deve nomear o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), Erik Figueiredo, para gerir o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Econômicos (IMB), em Goiás. A nomeação ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas é considerada certa por aliados.

Erik Figueiredo substituirá Guilherme Resende, que, há dois anos e meio, ocupa a diretoria-executiva do IMB. Servidor de carreira do instituto, Guilherme Resende segue integrando o quadro do órgão.

Currículo

Além de presidente do Ipea, Erik Figueiredo atuou como subsecretário de Política Fiscal do Ministério da Economia e foi suplente do ministro da Economia no Conselho da Previdência Social.

Ele também compôs os principais conselhos de avaliação de políticas públicas federais, além de ter atuado no conselho de Administração do Banco da Amazônia e no Conselho da Associação Brasileira de Desenvolvimento.

Ação

O Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea chegou a protocolar no ano passado, junto à Procuradoria Regional da República, uma denúncia contra Erik Figueiredo e o ex-ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, por práticas consideradas abusivas cometidas em período eleitoral, também pelo que consideram “desrespeito aos protocolos internos do Instituto para publicação de estudos e pesquisas”.

No entendimento do Sindicato as autoridades públicas violaram a cartilha que o próprio Ipea circulou para os servidores, na qual são orientados a como proceder em período eleitoral, bem como fizeram uso da instituição para produção subliminar de propaganda governamental, configurando abuso de poder político.