ARTICULAÇÃO

Caiado deve se reunir com Bolsonaro em encontro com governadores aliados

Expectativa é que haja afinação para a prevenção e combate à pandemia de covid-19

Foto: Reprodução - Facebook

O governador Ronaldo Caiado (DEM) tem agenda na manhã desta quarta-feira (24) em Brasília. O motivo é o convite que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez a sete governadores para reunião com representantes dos Três poderes no Palácio da Alvorada. A expectativa é de que haja afinação para a prevenção e combate à pandemia de Covid-19, que está em seu pior momento no país.

No entanto, o convite de Bolsonaro se estendeu apenas a governadores considerados aliados. São eles: Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Cláudio Castro (PSC), do Rio de Janeiro; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás; Renan Calheiros Filho (MDB), de Alagoas; Wilson Lima (PSC), do Amazonas; e coronel Marcos Rocha (PSL), de Rondônia.

Desde o repique e aprofundamento da pandemia no país, a partir de meados de janeiro, Caiado tem se mantido distante do presidente, que insiste em minimizar o problema e faz críticas abertas aos governadores que usam o fechamento de atividades consideradas não essenciais na tentativa de frear as contaminações do vírus, que superlotam hospitais em todo o país.

A expectativa é que, com a oficialização de Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde, no lugar do general Eduardo Pazuello, haja mudança de tom no combate à pandemia. Em pronunciamento na noite de terça-feira (23), Bolsonaro usou um tom mais comedido, sem críticas, em que apresenta defesa do governo diante da pandemia.

Cobranças

Nos bastidores há a informação de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (MDB), podem dar ultimato a Bolsonaro sobre mudança de tom no combate à pandemia, sobretudo por que estão pressionados pelo empresariado.

O alvo dessa vez não é o ministro da Saúde, mas o chanceler Ernesto Araújo. A avaliação é que o tom ideológico do Itamaraty prejudica as conversas com China e Estados Unidos para aquisição de vacinas e insumos. Os EUA ainda tem tem enviado sinais de que deseja mudanças na política ambiental brasileira em troca da oferta de imunizantes ao país.