Caiado diz que prefeito de Aparecida politiza covid-19 ao não aderir a decreto estadual
O governador Ronaldo Caiado (DEM) criticou o prefeito de Aparecida de Goiânia, em entrevista na…
O governador Ronaldo Caiado (DEM) criticou o prefeito de Aparecida de Goiânia, em entrevista na manhã desta quinta-feira (18), por não adotar o decreto estadual para combate à covid-19. “Há 12 dias atrás quem esteve em gabinete quase aos prantos trazendo o prefeito de Goiânia foi o prefeito de Aparecida. Pedir pelo amor de Deus que ajudássemos”, disse à Rádio Sagres.
Caiado continuou dizendo que não foi prefeito de Goiânia quem solicitou reunião com todos os gestores da Região Metropolitana, mas o próprio Mendanha. “Ele que veio pedir o apoio dos prefeitos da região metropolitana para fechar. Não foi o prefeito de Goiânia que motivou aquela reunião, como é que depois de alguns dias ele muda a conduta daquilo que foi acertado?”, indaga.
“Essa situação é que precisa ser explicada. Que força estranha é essa? Quais são as pressões? Não sou tutelado por ninguém. Não tem nenhum empresário que decide as medidas”, continua Caiado.
Caiado ainda afirmo que não há qualquer tipo de retaliação por parte do governo estadual a Gustavo Mendanha. O democrata disse que a Polícia Militar agiu do mesmo modo em que age em todos os municípios e não houve truculência por parte dos policiais para o fechamento do comércio.
“Passamos 15 respiradores para prefeitura de Aparecida ontem. Não estou deixando de cumprir minha obrigação. Mas deve haver o mínimo de contrapartida. Estamos restringindo e os outros achando que podem ficar bem com a sua população, com comerciantes ou empresários locais. O que está em jogo são vidas”, afirmou Caiado.
Isolamento
Aparecida de Goiânia adotou modelo diferente do adotado na Região Metropolitana a partir da última segunda-feira (15) em que volta adotar o chamado escalonamento por regiões, como feito em 2020. Nele o município é divido em macrozonas, que são fechadas em diferentes dias da semana conforme a gravidade da pandemia. As outras cidades da região adotaram o fechamento completo das atividades consideradas não essenciais por 14 dias.
No Twitter, o prefeito Gustavo Mendanha disse que Caiado tem razão. Pois, ele e os demais prefeitos e prefeitas da Região Metropolitana mobilizaram no final de fevereiro para fazer aumentar o distanciamento social agora em março. As cidades fizeram conjuntamente 14 dias direto de isolamento.
“Mas, desde o início de março, eu dizia que Aparecida, após os 14 dias, poderia voltar ao modelo de isolamento social intermitente por escalonamento social. E assim o Comitê de Aparecida decidiu por seguir, a partir de 15/3”.
“Eu, Ronaldo Caiado, Rogério Cruz e todos os prefeitos de Goiás queremos salvar vidas e precisamos da colaboração, entre nós, de forma permanente e que a população siga as regras vigentes em cada município. Goiás, o país e o mundo, hoje, só tem um inimigo: o vírus da Covid”, escreveu.