Caiado pede agilidade para ingresso no Regime de Recuperação Fiscal
Governador avalia que decisão precisa ser rápida
Após reunião envolvendo os representantes do três poderes de Goiás no Ministério da Economia, em Brasília, na semana passada, o governador Ronaldo Caiado (DEM) voltou a pedir agilidade no ingresso do estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Nesta segunda-feira (27), Caiado voltou a argumentar a necessidade de Goiás ter um alívio nas finanças.
O governador destacou que Goiás não tem condições de pagar os juros da dívida e as parcelas junto a bancos públicos e o Tesouro Nacional Liminar, válida até 6 de abril autoriza o Estado a não fazer pagamentos, com o compromisso de buscar o ingresso no RRF. Após a data, Goiás terá que voltar a fazer os pagamentos e quitar o valor que deixou de ser repassado durante o período de vigência da liminar.
“Nós temos neste momento uma alternativa após a reunião com todos os poderes para mostrar ao Ministério da Economia que nós fizemos nosso dever de casa, nós precisamos ser enquadrados dentro de um Plano de Recuperação Fiscal, porque não tem como voltarmos a pagar os juros mais as parcelas das dívidas de Goiás que atingem até R$ 270 milhões, como tal precisamos rapidamente caminhar para isso, temos um prazo de até 6 abril onde vencerá a segunda decisão liminar que nos foi dada pelo Supremo”, declarou.
Pagamento
Questionado se o pagamento continuará sendo feito dentro do mês, assim como ocorreu em dezembro, Caiado preferiu adotar um discurso de cautela. Ele avaliou que a realidade econômica do governo ainda é difícil e a saída é o ingresso ao RRF, inclusive para manter o pagamento do funcionalismo público em dia.
“Eu vivo a cada mês a sua agonia. Ainda estamos bloqueados no Tesouro Nacional e vivendo de liminares no Supremo Tribunal Federal, esta é a realidade não vamos aqui ficar maquiando a realidade, sou muito transparente com as coisas. O meu esforço é continuar pagando dentro do mês, mas não temos como manter o pagamento da folha se nós não caminharmos para um regime de estabilização fiscal”, argumentou o governador.