Caiado pede sensibilidade a Alckmin em demandas relacionadas à reforma tributária
Governador reforçou parceria entre ele e Alckmin e de Goiás com o Governo Federal. Ainda, reforçou que não se coloca contrário à reforma, embora tenha posicionamento definido sobre mudanças fundamentais no texto da medida
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) pediu ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) que atuasse como interlocutor dos interesses de Goiás para alterar pontos sensíveis da reforma tributária. O pedido foi feito durante discurso no encontro com o setor produtivo, organizado pelo senador Jorge Kajuru (PSB), na manhã desta sexta-feira (28/07).
O discurso de Caiado começou com muitos agradecimentos a Alckmin. “Geraldo Alckmin é médico e meu colega. Ele na anestesia e eu operando, fazemos uma parceria perfeita”, salientou fazendo referência às suas formações médicas aos risos. “Quero dizer a vossa excelência que o senhor é bem recebido e acolhido por todos nós. Goiás é um lugar acolhedor”, postulou.
Por vinte minutos, Caiado falou sobre o bom relacionamento com o Governo Federal. Pedidos feitos e demandas que considera necessárias a Goiás. A primeira demanda foi a construção de um gasoduto. “É uma grande luta desde que fui senador da República, fiz um projeto mas foi vetado. O gás para Goiás traz outra dinâmica e precisamos disso. Queríamos muito que o senhor nos ajudasse para que atravessassem todo o Norte de Goiás que é o maior polo de mineração do país”, pontuou.
O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), o BRT na região do entorno do Distrito Federal e as obras no Vão do Paranã foram tópicos de demandas por apoio antes de começar a fazer apelos em torno da Reforma Tributária.
Reforma tributária
“O senhor não pode imaginar a revolução do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para que as empresas sobrevivessem e o agronegócio fosse competitivo como é hoje. Se não tivéssemos o crédito outorgado, bem como incentivos fiscais, não teríamos empresários gerando milhares de empregos e competitividade a Goiás”, destacou sobre programas que devem acabar com a reforma aprovada.
A partir daí, sugeriu que o modelo utilizado pela reforma fosse o norte-americano e não o alemão como tem sido pautado. “Nós não somos uma federação? Respeita-se cada federação. Na hora que o Goiás pisou no acelerador e está num crescimento exponencial… Estamos num crescimento de 6,6% ao ano. Como o senhor sempre foi porta-voz e teve sensibilidade, queremos a interlocução do senhor para que a proposta seja apreciada”, postulou. “Nós não somos contra, mas temos posição”, reforçou.