Cais do Finsocial pode ter emergência fechada para reforma proposta pela SMS
Moradores do Finsocial temem que uma reforma no Cais do setor paralise permanentemente o atendimento…
Moradores do Finsocial temem que uma reforma no Cais do setor paralise permanentemente o atendimento emergencial da unidade. O plano é que as obras, anunciadas recentemente pela secretária Municipal de Saúde Fátima Mrué para adequar o prédio às normas do Ministério da Saúde, interrompam o atendimento, desviando a demanda para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Curitiba. Nesse proposta, a ideia é que o ambulatório continue funcionando. No entanto, moradores tem uma contraproposta: interromper o ambulatório e manter o funcionamento emergencial, o que tem gerado um impasse com o Paço.
Na última quinta-feira (8), os sete vereadores que compõem a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde estiveram no local para ouvir a comunidade para, posteriormente, intermediar o diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde e com o Prefeito Íris Rezende. Lá, de acordo com Elias Vaz (PSB), o grupo soube que Fátima não está disposta a mudar de ideia.
“Ela afirmou a servidores que a reforma não acontece enquanto a emergência não for fechada. A secretária não tem experiência, não dialoga e não tem capacidade de gestão. Pode até ser uma boa médica, mas cada fato vem demonstrando que ela é completamente inapta a ocupar o cargo”, critica.
O Mais Goiás aguarda posicionamento do Prefeito Íris Rezende e da secretária Fátima Mrué sobre o assunto.
Proposta da comunidade
Para a líder comunitária do Finsocial Maria Elisa Pires, a proposta da comunidade é plenamente possível e já foi realizada anteriormente em outras reformas. “Queremos que mantenha serviços de emergência e de urgência funcionando, usando parte da estrutura, como salas do ambulatório. Outra demanda é que seja deixada aqui uma ambulância do Samu, para fazer o transporte de pacientes para hospitais, em caso de necessidade”.
Os moradores consideram ainda que a opção de atendimento emergencial indicado pela SMS não tem capacidade para absorver a demanda do bairro. “É muita gente, a UPA ficará super lotada, gerando prejuízo para a população. Estamos convencidos de que é possível adaptar o atendimento, ocupando parte do prédio, priorizando a emergência e atendendo a necessidade de reforma. Isso já foi feito antes, e pode ser feito novamente”, sublinha o vereador.
A ideia agora é que a manifestação popular seja apresentada ao prefeito Íris Rezende. “Vamos levar uma comissão de representantes dos moradores para apresentar a questão ao prefeito, que parece ter mais sensibilidade de diálogo que a secretária. Vamos levar o problema para decisão de quem tem o poder maior, não para a subordinada dele que já se revelou fechada à ideia”.
Pressão da SMS
Segundo a vereadora Dra. Cristina (PSDB) os parlamentares da CEI irão defender o ponto de vista dos moradores apresentando a contraproposta ao Paço Municipal. “Iremos inclusive lutar para manter os funcionários sem remoção da unidade, porque já ouvimos relatos de pessoas sendo removidas sob pressão e ameaças. Além disso, vamos defender a reforma com uma adequação dos serviços de emergência e urgência.
Conforme explica Elias, funcionários com mais de 10 anos de trabalho no Cais foram removidos por não concordar com a proposta de reforma da SMS. “Teve gente que trabalhou lá por mais de uma década, mas precisou se transferir porque era contra. Muitos reclamaram disso. Um dia antes de nossa visita, por exemplo, isso aconteceu novamente”, protesta.