Câmara aprova solicitação de deputado goiano para auditar cartão de Bolsonaro
O requerimento foi feito pelo deputado Eliaz Vaz (PSB), que argumenta que o país tem o direito de saber como é gasto dinheiro público
A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal aprovou por unanimidade na última terça-feira (25) requerimento para que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça auditoria no cartão corporativo da presidência da República. A solicitação estava engavetada desde outubro de 2019 pelo deputado Léo Motta (PSL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Neste ano, o novo presidente da Comissão, Áureo Ribeiro (SDD-RJ), deu andamento ao pedido. Os parlamentares acataram o parecer do relator, Kim Kataguiri (DEM-SP), pela aprovação. “É válido reconhecer os efeitos benéficos para a sociedade da fiscalização dos gastos públicos. Importa analisar se os recursos federais foram empregados de acordo com a legislação em vigência”, destacou o relator.
O requerimento foi feito pelo deputado Eliaz Vaz (PSB), que argumenta que o país tem o direito de saber como é gasto o dinheiro público. “Quando era deputado, Bolsonaro criticava os gastos com cartão corporativo e a falta de transparência do governo. Agora faz o mesmo. As despesas com o cartão estão aumentando ano a ano, passando de R$1 milhão por mês”, diz.
Gastos
Documentos mostram, por exemplo, que a viagem de carnaval de Bolsonaro custou R$ 1,79 milhão aos cofres públicos. O levantamento foi realizado pelo Gabinete de Segurança Institucional após solicitação dos deputados Elias Vaz (PSB) e Rubens Bueno (Cidadania).
O custo da viagem, realizada em 13 de fevereiro de 2021, a São Francisco do Sul, no norte catarinense, soma hospedagem, alimentação e passagens aéreas da equipe.
Somadas, as férias de Bolsonaro em São Francisco do Sul (SC) e no Guarujá (SP), entre 18 de dezembro de 2020 e 5 de janeiro deste ano, custaram aos cofres públicos R$2.452.586,11.